Mauro Condé*
“Na fotografia, não há sombras que não possam ser iluminadas” – August Sander
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte importantes livros sobre a arte da Fotografia.
Eles me levaram para a cidade francesa de Marselha, no ano de 1931, onde fui recebido por um dos maiores fotógrafos de todos os tempos, Henri Cartier-Bresson, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
Aprenda a usar a arte como instrumento de estudo de si mesmo na busca da superação de eventuais problemas, ansiedades e fobias.
Pratique a arte da fotografia, ainda que de forma amadora, para se afastar momentaneamente do tédio, da monotonia e do stress que a vida agitada sempre impõe.
Faça da fotografia um grande hobby e uma terapia para relaxar, descansar, respirar melhor, aprender a meditar e se concentrar.
Cultive o agradável passatempo de sair por aí clicando a vida, pois isso aumenta a sua capacidade de se relacionar melhor com a natureza, com as pessoas e consigo mesmo.
Crie o hábito de registrar religiosamente, todo santo dia, o momento mais precioso que ocorrer nele com uma foto e não se esqueça armazená-la num álbum permanente de memórias como se fosse um diário visual que registra a sua agradável presença no universo.
Não há nada no mundo que não possa ser convertido num momento decisivo.
A vida é feita de uma sucessão de instantes.
Aprenda a captar o instante mais decisivo de cada dia e a registrá-lo através das lentes da câmera que você tiver nas mãos.
Procure dar mais sentido à sua existência, valorizando desde coisas triviais e banais até os eventos mais significativos, surpreendentes e inesquecíveis.
Use o gesto de fotografar suas melhores experiências diárias como um grito de liberdade, de independência, como um treino para lidar com a ambiguidade, a incerteza e a contradição que só a vida proporciona.
Desenvolva um senso aguçado de captação de instantes mágicos dentro do seu cotidiano, pois eles acontecem como um raio, sem aviso, numa mísera fração de segundos, como um raio que apesar de curto na duração pode ser eternizado pelas lentes mágicas de uma câmera.
Fotografe com intensidade suficiente para colocar a cabeça, os olhos, o coração e a alma num único eixo.
E lembre-se de seguir sempre em frente, porque voltar atrás já não é mais possível e ficar parado não é suficiente.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.