Rosangela Silqueira Hickson*
Em dezembro de 2019, a China relatou um surto de um vírus e uma doença até então desconhecidos na província de Wuhan. Esta doença, que até então parecia apenas um surto localizado, se tornou, apenas 6 meses depois, maior que a peste negra ocorrida entre os anos de 1338 e 1339 na antiga Eurásia .
Os casos de corona vírus no mundo ultrapassaram no dia 20 de maio de 2020 a barreira de 5 milhões, com mais de 330 mil mortes.
No Brasil, Ministério da Saúde informou que o país soma mais de 300.000 casos e mais de 20.000 mortes pela covid-19.
A rápida migração de todas as áreas para o ambiente digital durante a pandemia do novo corona vírus é irreversível. Todas empresas incluindo as instituições de ensino precisaram de adaptar a esta nova realidade através do uso de produtos e serviços voltados para melhorar a infraestrutura de tecnologia de informação e comunicação, com o uso de inteligência artificial, soluções para serviços em nuvem e soluções para redes 5G.
O mundo sofreu uma transformação digital que se acelerou de forma inédita durante a pandemia do novo corona vírus. Precisamos nos preparar para o mundo pós-Covid-19, onde haverá uma integração cada vez maior entre as operações digitais e físicas.
Nesse cenário, duas tecnologias são imprescindíveis: a inteligência artificial e a capacidade de as empresas operarem uma nuvem híbridas, que misturam serviços hospedados em data centers de terceiros (a nuvem pública) e serviços em data centers da própria empresa (a nuvem privada).
Esta jornada de transformação que deveria durar alguns anos deverá ser feita meses. A pandemia nos obrigou a sermos velozes, flexíveis e inovadores.
Apesar da necessidade de as empresas se adaptarem ao novo contexto digital, uma dificuldade é convencer as companhias a fazerem investimentos de TI num momento de recessão econômica.
Apesar da urgência da transformação digital, é possível que nem todas as empresas tenham condições de mudar na velocidade necessária.
Como seres humanos temos a capacidade de imaginar e de nos adaptar. Foi assim que passamos por guerras, epidemias, eventos naturais como tornados, furacões, erupções de vulcões e conseguimos o que construímos até hoje. Então, sim, vamos conseguir imaginar novas formas e novos formatos para a realidade de insegurança que se apresenta hoje.
* Doutora em Bioinformática, coordenadora do mestrado profissional em Tecnologias aplicada à Saúde, professora dos cursos de Tecnologia da Informação da Faculdade Promove de Tecnologia.