Contas públicas

28/08/2018 às 22:25.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:10

Aroldo Rodrigues* O saldo das contas externas do país pode ter piorado em relação ao ano passado, mas, definitivamente, isso não traz maiores problemas para a economia brasileira. Ao contrário. O país é credor na área externa, mantém um bom fluxo de investimentos e conta com reservas cambiais de quase 379 bilhões e meio de dólares. Tudo isso protege muito o Brasil diante de eventuais pressões externas ou perda de fluxo de investimentos.  Podemos até sofrer pressões especulativas quando surge um fato novo negativo, como aconteceu com o mercado nas últimas semanas, por questões vindas de fora, como os riscos de guerra comercial, que fizeram o dólar subir em todo o mundo, além das incertezas quanto às eleições, que reforçaram o movimento por aqui. São questões que levam mesmo o mercado a ajustar as posições, recomprar a moeda, já que a expectativa era de cotação bem mais baixa. Agora, o país não parece muito exposto a movimentos típicos de fuga de recursos, quando, efetivamente, oferece risco maior.  A diminuição do saldo comercial já era até esperada. No ano passado foi batido um recorde histórico e, neste ano, com a expansão da atividade, a tendência seria de aumento das importações. Na verdade, como a economia nem cresceu no ritmo previsto, o saldo está até melhor que o projetado para o ano.  O dólar em alta – ainda que hoje tenha encerrado os negócios em queda – até colabora pra manter saldos melhores, já que tende a desestimular as importações e favorecer exportações. Sendo que também pode ajudar a diminuir os gastos de brasileiros no exterior.  *Economista, pós-graduado em consultoria empresarial, palestrante e professor universitário

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por