Aline Monteiro Ferro*
Todos sabem que em nosso país, há tempos, observa-se a necessidade de incentivos para o crescimento de projetos sociais, que garantam a conscientização voluntária de empresas e pessoas quanto ao desenvolvimento humano. Cogita-se, com muita frequência, uma nova metodologia de pensamento nas organizações, focada na evolução de seus papéis sociais em meio à comunidade.
Muito se discute sobre a importância de se voluntariar em causas relacionadas ao desenvolvimento humano em contextos limitantes. Pode-se mencionar, por exemplo, a pandemia que prejudicou muitas pessoas e tem se tornado um caso de preocupação mundial.
Em consequência disso, nota-se o surgimento de uma grande preocupação por parte das empresas em apoiar causas sociais e ainda a ascensão de um olhar mais crítico por parte dos consumidores, que agora pautam o consumo de determinados produtos de acordo com a conduta social das organizações responsáveis pela fabricação dos mesmos. Com este cenário, muitas empresas se propuseram a adotar novos hábitos e práticas para não só reconquistar os seus consumidores, como também adquirir novos, tendo por base a consciência sobre a importância de se aliar desenvolvimento empresarial e crescimento social.
Além disso, a era da humanização em empresas, trás consigo grandes benefícios tanto para o público quanto aos empreendedores. Essa conscientização agrega um valor bastante positivo às atividades desempenhadas pelas organizações. E com isso, as pessoas passam a acreditar que as empresas têm muito a contribuir quando se posicionam pensando no coletivo.
Por outro lado, as empresas devem abraçar causas que estejam alinhadas aos objetivos de suas atuações e que atendam aos seus anseios de mercado. Cada organização precisa avaliar de forma cuidadosa em quais causas deve estar envolvida e de maneira isso ocorrerá, para que assim não adquira um caráter oportunista.
Após identificar causas que realmente valoriza e tem a capacidade de atuar no dia a dia, uma empresa, consequentemente, é mais valorizada por seu público. Tudo isso, acaba contribuindo para o crescimento do número de seus possíveis admiradores ou consumidores e também aumenta a sua confiabilidade perante o mercado.
Quando um cliente se identifica com as causas de uma empresa, dificilmente optará pelo consumo de serviços e produtos de uma organização concorrente.
Em vista dos argumentos apresentados, investir em iniciativas que promovam a educação, saúde, cultura, desenvolvimento comunitário e mobilização, pode proporcionar benefícios não só a jovens e crianças, como também a toda uma comunidade. Uma organização que aposta em propostas deste tipo, gera inclusão social e acessibilidade a quem precisa.
Ao considerar e apoiar movimentos sociais, as empresas se tornam multiplicadoras de bons valores, e logo, estimulam a qualidade de vida e bem-estar social. Igualando propósitos sociais e objetivos econômicos, e trabalhando com transparência, responsabilidade e de forma sustentável, uma organização consegue aumentar a sua competitividade e atingir uma grande longevidade no mercado.
*Psicóloga e integrante da equipe de recursos humanos da Transcota – Logística e Transporte