Direito: "fórmula mágica" do sucesso na profissão

13/11/2020 às 20:57.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:02

Diego Starling*
 

O número de advogados no Brasil chega a 1.278.558, conforme a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Minas Gerais responde pelo terceiro maior número de profissionais com 132.448, atrás de São Paulo (340.059) e Rio de Janeiro (154.488). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) registra 211,8 milhões de habitantes, ou seja, o país possui um advogado para cada 165 pessoa. Neste caso, cabe a pergunta o que determina o sucesso de uns e o abandono da profissão por outros?

Ao se graduar, o profissional não possui conhecimentos sobre empreendedorismo, levando-o a aprender na prática, com erros e acertos. Infelizmente, muitos não conseguem assimilar esse atributo em tempo, contribuindo com a estatística do IBGE, apontando a falência de 6 a cada 10 empresas, antes de completar cinco anos.

Muitas vezes, esse cenário é desanimador para o bacharel em direito e corrobora a realidade que não basta seguir apenas as habilidades aprendidas na faculdade e os anseios profissionais, mas, principalmente, analisar e se encaixar nas demandas do mercado.

Atualmente, o advogado que pretende investir em um negócio eficiente deve focar em algumas etapas estratégicas, baseadas em muita pesquisa que, quanto mais desenvolvida, maior a chance de êxito. Considerando que se atravessa a quarta revolução industrial e a tecnologia impacta de forma crucial na assimilação das funções desempenhadas pelos advogados, a pesquisa é primordial e deve ser a primeira fase.

A área jurídica é uma das que mais apresentam novas necessidades, como o Direito Digital, Arbitragem, Terceiro Setor, Consultoria ao Poder Público Municipal, Infraestrutura, Fusão e Aquisição, Mercado de Capitais, Direito Médico, Propriedade Intelectual e várias outras.

A obtenção de informações sobre o mercado pode ser conseguida com o uso da internet como aliada pelos sites de buscas, órgãos e associações de classe, blogs e revistas especializadas, congressos, fórum econômico mundial, assim como qualquer outra ferramenta para agregar boas informações.

A segunda etapa é analisar os players relevantes, considerando as competências, qualificações, atuação, equipe e valores. Já, a terceira fase está relacionada ao cliente ideal, elaborando o perfil dele e o melhor foco de exploração do mercado.

A quarta etapa e, a mais importante, está no autoconhecimento, tanto profissional quanto do negócio. Apesar de muitos especialistas considerarem essa o primeiro estágio para o planejamento estratégico, discordar é saudável, pois os números evidenciam que diversos nichos jurídicos estão saturados e a atuação nesses segmentos reduzirá a margem de lucro com a concorrência elevada.

A abertura de um negócio de sucesso na área do Direito requer alinhamento de oportunidades e as alternativas de mercado em que sua competência seja útil e, só então, a partir de um diferencial exclusivo, propor ao grupo de clientes. Somente após cumprir as quatro fases para construção da estratégia ligada ao segmento de atuação, será possível iniciar a arrancada para a realização profissional e do escritório.

*Sócio-diretor da Starling e Associados, advogado especialista em Direito Digital e criador do método Advocacia Lucrativa

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