Educação para o nosso século

12/09/2016 às 20:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:48

Marco Antônio Barbosa*

Como preparar nossos estudantes para uma sociedade marcada pela velocidade das mudanças e pelos desafios socioeconômicos? Esse, talvez, seja um dos principais desafios da escola contemporânea. 

As instituições de ensino, em um passado próximo, eram responsáveis pela transmissão de conteúdos, o que se dava com enfoque, quase exclusivo, nas habilidades relacionadas aos conhecimentos programáticos descritos nas matrizes das diferentes disciplinas curriculares. Porém, cada tempo tem seu imperativo e, nesse sentido, nossa demanda acadêmica, assim como a própria vida, se tornou, em alguma medida, mais complexa.

Como ilustração, fiquemos com a questão da globalização das economias, das novas organizações sociais do trabalho e das exigências postas pela sociedade atual. Esses substanciais recortes ilustram a necessidade de se conjugar, com maior profundidade, as inter-relações entre emoção, cognição e socialização na aprendizagem humana. 

Essa nova configuração do ensino tem gerado movimentação intelectual, como o Fórum Internacional de Políticas Públicas, realizado conjuntamente pelo Ministério da Educação (MEC), pelo Instituto Ayrton Senna e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. 

Exemplificando as potencialidades dessa nova diretriz, perseverança, equilíbrio emocional, compaixão e proatividade são habilidades socioemocionais que, quando desenvolvidas com excelência, permitem aos alunos, dentre tantos outros avanços, prevenir problemas de aprendizagem, tendo por aprendizagem sua significação mais abrangente.

Muitos estudos revelam o impacto positivo de um trabalho intencional de desenvolvimento dessas habilidades sobre a vida das pessoas, permitindo uma constatação: promover uma formação integral dos estudantes vai além da disponibilização de informações e conhecimentos. É mais do que isso, pois depende da sedimentação de diversas competências aptas a proverem os alunos de experiências pessoais e coletivas atreladas aos valores humanos mais nobres, como boa convivência, cooperação, responsabilidade socioambiental e engajamento na construção de uma sociedade melhor.

(*) Coordenador pedagógico do Colégio Magnum Cidade Nova

 

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