Em nome do coletivo

27/07/2017 às 17:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:47

Lélia Almeida Magalhães*

Em um momento em que o individualismo e os conflitos de opiniões têm ganhado destaque em nossa sociedade, existe um interessante caminho inverso, de valorização da união como forma de proteção dos interesses em comuns. Por isso, um dos temas que se faz presente em movimentos da atualidade é o coletivo. Não é novidade fazer parte de um grupo, aliar-se a quem tem interesses em comum com os seus, mas, hoje cada vez mais as pessoas têm se organizado para ações conjuntas institucionais com o objetivo de amparo e suporte. Quando essa ideia ganha uma aplicação na economia colaborativa, o termo mais utilizado é o chamado associativismo.

As associações podem existir em diversos segmentos, como indústria alimentícia, saúde, mercado pet, revenda de cosméticos, cobertura para veículos entre muitos outros setores. Esses grupos têm se destacado entre pessoas que buscam preços competitivos e facilidade para adesão a serviços.

Na prática, quando uma pessoa se torna um associado existem normas e manuais que orientam sobre a conduta visando o bem coletivo. Cada ação individual tem impacto entre as pessoas interligadas. Por isso, o associado deve ter em mente que suas atitudes, como parte da instituição, precisam ser dotadas de lealdade e a boa fé com os demais associados, em busca de alcançar os fins institucionais. Para dar um exemplo com um produto, no caso da proteção veicular, o associado segue normas contratuais e precisa zelar pelo próprio bem – o carro –, mas ele tem a garantia de que será amparado juridicamente e terá seu bem protegido pela associação no caso de um contratempo.

Por sua vez, a atuação das associações deve ser condizente com essa proposta de colaboração. Ou seja, seus diretores e gestores devem buscar, em conjunto, o fortalecimento no cenário, ao contrário de adotar uma posição individualista.
Como todas as partes agem com foco em resultados para o coletivo, o nível de comprometimento em associações precisa ser elevado. Isso é o que garante o funcionamento desse sistema. Mas, a peça fundamental para isso é a transparência. Ações claras, sem entrelinhas duvidosas, promovem confiança e credibilidade, impulsionando o trabalho e os resultados das associações.

Juridicamente, as associações estão previstas na Constituição, portanto são alternativas para pessoas físicas e jurídicas que desejam manter os veículos sob proteção, mas com gastos menores, desburocratizado, aliados a vantagens e benefícios. Por serem consideradas associações e cumprirem um modelo de economia colaborativa, essas utilizam do rateio e da taxa administrativa mensal para cumprir com as obrigações que o regulamento determina e arcar com toda a manutenção de sua estrutura, diferente das empresas tradicionais reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

(*) Empresária, bacharel em comércio exterior

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