Adriano Faustino
A medicina é uma ciência que avança muito na busca de um sentido mais amplo de cura das mais diversas patologias. E a qualidade de vida das pessoas tem sido um fator importante a se levar em conta nesta busca. É neste ponto que atua a medicina integrativa. Apesar de essa tendência ter surgido na década de 70, nos Estados Unidos, foi nos últimos anos que ela ganhou força no Brasil.
Um exemplo dessa expansão foi a aprovação, em março deste ano, pelo Ministério da Saúde da inclusão de 10 novas Práticas Integrativas e Complementares pelo SUS. São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com as novas atividades, ao todo, o SUS passa a ofertar 29 práticas integrativas à população.
A medicina integrativa engloba várias áreas da medicina convencional, entre elas a nutrologia, que estuda a importância dos nutrientes para o corpo, valorizando o homem como um ser integral. A aplicação varia de caso a caso, porque cada paciente tem que ser avaliado como um ser único e com características pontuais. A partir de muita conversa para conhecer o paciente e do resultado de exames, é que o médico consegue traçar uma linha de tratamento.
Tratar de doenças pode ser um processo traumático para os pacientes e o estresse e a ansiedade não contribuem para a cura. Por isso, acredita-se que corpo, mente e espírito devem estar em sintonia para o adequado tratamento e consequente cura. Em vez de olhar apenas para o órgão ou sistema que está doente, a medicina integrativa propõe uma visão ampla sobre o corpo como um todo e a mente, buscando reduzir o estresse e aumentar a qualidade de vida, aliviando sintomas, curando e prevenindo doenças. O método propõe a combinação entre terapias modernas de tratamento, em conjunto com outras complementares como ioga, acupuntura e homeopatia, desde que tenham eficácia comprovada, para assim contribuir para o bem-estar do paciente.
* Graduado em Medicina pela UFMG e em Nutrologia pelo Hospital das Clínicas (SP), pós-graduado em Geriatria e especialista em Perícias Médicas pela Sociedade Brasileira de Perícias Médicas.