Mauro Condé*
“Reputação é o que as pessoas falam de você quando você não está na sala” – Jeff Bezos.
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros, palestras e artigos sobre Negócios Sustentáveis.
Eles me levaram para Nova York, onde fui recebido por Laurence D. Fink, a quem fui logo pedindo:
- “Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.”
- ”Incorpore o máximo de constância de propósito aos seus objetivos, pois isso fará toda a diferença no futuro da sua vida.”
Laurence é presidente mundial da BlackRock, a maior gestora de investimentos do mundo, detentora de uma carteira com mais de 7 trilhões de dólares sob sua gestão.
Em recente carta anual para o mercado, a BlackRock acendeu a chama para uma das maiores revoluções no mundo dos negócios.
A BlackRock foi taxativa em afirmar que não investirá e nem apoiará empresas que não se enquadrem dentro dos quesitos ligados à práticas de sustentabilidade de longo prazo, definidas por três letrinhas básicas: E S G.
E – De Enviroment, em inglês, ou Ambiental, em português, que obriga que as empresas evidenciem práticas de combate ao desmatamento ilegal, maus tratos a animais, emissão de gases estufa, poluição do meio ambiente, aquecimento global, má-gestão de resíduos, uso de energias poluentes e não renováveis e não uso consciente da água, além de descaso com a biodiversidade e o manejo não sustentável da terra.
S – De Social, que exige que as empresas cuidem do capital humano, garantam oportunidades justas para o público mais diverso possível, demonstrem práticas voltadas à qualidade superior de produtos, cuidados com a saúde, a segurança e o meio ambiente em geral.
G – De Governança, que demanda que as empresas busquem resultados financeiros e resultados sustentáveis no longo prazo, com o mínimo de risco, amparados pela adoção das melhores práticas de gestão, com critérios de transparência máxima e com alto grau de governança, auditoria e apoio de um conselho de administração independente ao lado dos acionistas.
De uma hora para outra e, principalmente, depois da recente pandemia da Covid-19, questões ambientais, sociais e de governança deixaram de ser opcionais e se tornaram obrigatórias para investidores.
Seja ESG e contribua para um mundo melhor, com mais retornos e com menos riscos.
*Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco