Fazer é bom

27/11/2017 às 21:34.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:55

Aristóteles Drummond*

O Brasil precisa se unir, se reconciliar, abandonar preconceitos, buscar a verdade com a razão, e não com a emoção. Nesse caminhar para o caos, em que sobrevivemos pela força da economia montada entre 64 e 92, quando éramos um mercado formidável, temos de abandonar cacoetes que até aqui eram apenas incômodos, mas que agora são fatais para o processo de reerguimento nacional. Precisamos de investimentos, de empregos, de produção e de competitividade.

Somos os maiores produtores de soja do mundo, competindo com os EUA, de carne, café, açúcar, segundo de milho,  mas com a desvantagem dos altos custos para chegar aos portos. A produção principal da soja e milho é no Mato Grosso, que precisa de investimentos para terminar o acesso confiável ao Porto de Santarém. Hoje, quando a cotação internacional cai, o produto se torna antieconômico. Nada resiste a dois mil quilômetros de estrada para chegar ao porto.

Precisamos de uma pauta para o desenvolvimento, e não de remendos ocasionais, para termos alívio por espasmos de melhoria. Ordem no campo, acessos confiáveis e impostos justos, no ponto em que estamos, dependem de pequenos recursos e de pouco tempo. A ligação Cuiabá-Santarém, com algum investimento, estaria em condições de enfrentar o período de chuvas em alguns meses, já que o principal está feito.

Temos de prestigiar o produtor rural, inclusive dando-lhe o direito de poder defender sua propriedade do vandalismo ideológico, com acesso a armamento compatível com as ameaças e aos atos chocantes a que temos assistido.

Os hábeis defensores da bagunça, do caos e da falta de autoridade criaram denominações para os que se unem em torno de boas causas. Chamam de “bancada da bala” o grupo de parlamentares que defende o direito do cidadão se defender, de “bancada ruralista” os que estão ligados ao agronegócio que sustenta a economia nacional e de “centrão” os que apoiam as reformas fundamentais para o Brasil não sucumbir na gestão de suas contas e na paz social que depende da Previdência honrar compromissos. No ítem reformas o Presidente Temer está certíssimo. Pena as companhias.

Hoje, procura-se apagar da memória popular os anos em que o Brasil deu certo. Não é justo!

*Jornalista e escritor

  

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