Inclusão social no semiárido

27/03/2018 às 21:17.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:03

 Zé Silva (*)

Entre os dez maiores desafios para a humanidade, apresentados na 3ª. Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia realizada em Brasília, em 2005, pelo professor Alan MacDiarmid, Prêmio Nobel de Química do ano 2000, cinco deles têm sua superação dependente de atividades realizadas no campo. 

Esses desafios são a garantia de água em quantidade e qualidade adequadas; a produção de alimentos de forma sustentável e a construção de infraestruturas que permitam fazê-los chegar a todos; a preservação e recuperação ambiental; o uso de energias renováveis; e a superação da pobreza e da fome.

Nesse sentido, o Projeto Dom Helder Câmara, realizado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) revela-se uma estratégia eficaz para superação da pobreza nas regiões do semiárido brasileiro por meio de ações de apoio ao desenvolvimento rural sustentável. 

O projeto se desenvolve assegurando a participação social nos seus processos de planejamento, gestão e execução, para a superação de desafios como a promoção da segurança alimentar, a exclusão econômica e o resgate da cidadania e melhoria das condições de vida para as populações rurais. 

Implementado em parcerias com entidades estaduais, organizações dos agricultores familiares e, principalmente, com o apoio da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), responsável pela formação de extensionistas para o projeto e a coordenação da assistência técnica às famílias rurais, o Projeto Dom Helder se desenvolve em todo o semiárido brasileiro, inclusive nas regiões do semiárido em Minas Gerais. 

Nesse momento, o projeto começa a ser implantado no Ceará, onde vai atender mais de cinco mil agricultores familiares, para assegurar a essas famílias oportunidades de integração econômica e social, apoio à capacitação tecnológica e gerencial, com incentivo e fomento para a instalação de agroindústrias artesanais e outras fontes de renda e ocupação de mão-de-obra.

De acordo com a Sead, além do Ceará, o projeto D. Helder Câmara está se desenvolvendo em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), e Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste). Ao todo, nesta segunda etapa, o projeto contempla cerca de 33 mil agricultores familiares de 667 municípios do Semiárido brasileiro.

(*) Zé Silva é agrônomo, extensionista rural, deputado federal pelo Solidariedade/MG
 

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