Inteligência emocional na crise

16/11/2016 às 06:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:45

Irene Azevedoh* Inteligência emocional é um conceito relacionado com a chamada “inteligência social” presente na psicologia e criado pelo americano Daniel Goleman, que em 1988 publicou seu primeiro artigo sobre inteligência emocional e a liderança. Resumidamente, um indivíduo que é emocionalmente inteligente consegue identificar as suas emoções com mais facilidade. Então, fazemos a seguinte pergunta: o que isto tem a ver com a sobrevivência nas organizações em tempos de crise?  Podemos responder olhando sob duas óticas: a do indivíduo e a da organização, que, como o próprio Goleman menciona em seu artigo com Richard Boyatzis, publicado pela Harvard Business Review em setembro de 2008, sobre inteligência social, já se começa a estudar o que acontece com o cérebro quando as pessoas interagem, informando que líderes “top performers” têm em média mais bom humor e riem mais do que os de desempenho mediano. Continuando esta análise, ainda sob a ótica do indivíduo, e concordando com o mencionado por Goleman, se um profissional conhece suas emoções e trabalha com elas, terá uma percepção da realidade expandida, facilitando suas interações com os diversos níveis da organização. O que isto significa? A resposta tem diversos itens a serem considerados: ter maior empatia, estar mais antenado com os sentimentos dos outros, não temer o autoconhecimento, ter atitudes criativas, afetivas e conciliadoras, estar sempre de bom humor e também ser mais intuitivo. Com todos estes atributos, no seu relacionamento do dia a dia, terá a oportunidade de identificar oportunidades e de se relacionar melhor com todos os públicos da empresa. Na hora da crise, este profissional estará, com certeza, mais preparado e, consequentemente, a organização o observará com olhar diferenciado.E para a organização que privilegiou uma liderança com altos índices de inteligência social? Ela só tem a ganhar, pois conseguirá sair mais rapidamente da crise à medida que sua liderança obtém um desempenho melhor de seus liderados, navegando com eles por este mar de oportunidades que a crise proporciona, de forma alegre, suave, mas efetiva e assertiva também. (*) Diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança da Consultoria LHH  

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