Glauco Morais*
Há quem acredite que o mundo da arte é para quem possui um bom capital para investir. Mas a história dos tempos modernos não é exatamente essa. O número de pessoas que investe no segmento de arte aumentou em 44% desde 2011 e vem sofrendo alteração segundo a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (Abact). Em 2013, o mercado movimentou cerca de R$ 160 milhões com média de R$ 24,5 mil por obra, segundo a Abact.
Mas, qual o motivo da arte nunca perder valor? Muitas vezes, se deve ao valor da peça exclusiva de um determinado artista, pelo material utilizado e pela história que a obra carrega. Há também os que investem em galerias. Mas é preciso fazer uma boa análise antes de investir. O comprador deve sempre optar por obras que goste e não só pensar no retorno financeiro. Deve também levar em conta a carreira do artista ou até mesmo do vendedor, para não cair em uma emboscada de peças falsificadas – um mercado crescente no setor das artes, inclusive em leilões.
O mercado é promissor. Diversos artistas que iniciaram carreira com obras de preços não tão altos conseguiram rapidamente evoluir, inclusive no Brasil.
É imprescindível saber valorizar uma arte para sobreviver nesse mercado, muitas vezes, o proprietário de um quadro ou de uma peça artística não sabe do valor do que possui.
As fases da arte vêm no longo prazo, mas, algumas podem multiplicar valores rapidamente. Aos colecionadores, admiradores e investidores recomendo que além da apreciação pela arte ou pela aquisição financeira, estudem artistas, obras e perfis de vendedores. Desta forma poderão ter consciência do bom investimento feito.
(*) Artista Plástico