Memória na educação de Minas

24/05/2021 às 17:58.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:00

Aristóteles Drummond*

Incluir no currículo escolar dos estados a biografia de seus governantes do passado pode ser uma boa forma de se educar as novas gerações no reconhecimento e no valor dos bons exemplos. E restaurar a confiança nas elites dirigentes do país.

A qualidade dos dirigentes das províncias no Império e, depois, governadores nos estados era muito boa. Muitos homens de real relevância ética, moral e com serviços efetivos prestados. Vários dos nossos estados devem muito a poucos.

Minas  tem duas heranças, a das cidades importantes  e do  Estado do Rio. Para não ir muito longe, podemos alinhar os grandes do século passado, muitos fixados na memória popular mais pela denominação de logradouros públicos do que pela vida e obra em favor da sociedade.

Em Belo  Horizonte a presença de prefeitos como Wenceslau Brás, Antônio Carlos – também de Juiz de Fora – João Franzen de Lima , JK ,Otacílio Negrão de Lima, Américo Gianeti da Fonseca, José Oswaldo Araújo, Oswaldo Pierucetti, Hélio Garcia, todos relevantes.

No Estado, foram governadores e passaram pela Presidência da República, Afonso Penna, Wenceslau Brás, Arthur Bernardes, JK Itamar e Tancredo. E outros marcantes desde Augusto de Lima, Bias Fortes, João Pinheiro e seu filho Israel, Magalhães Pinto e Benedito Valadares, todos relevantes em Minas e no Brasil.

No Império o cargo foi exercido por titulados como os Viscondes de Caeté, Abaeté,  Caravelas, Barão de Cocais, de Paraopeba e estadistas do porte de Teófilo Ottoni e Bernardo Vasconcellos.  Quem conhece a historia destes homens?

Indo mais longe, mostrar as novas gerações os escritores, pintores, escultores, que fizeram de Minas presente no Brasil pelo talento de seus filhos. A começar pelos que pertenceram a Academia Brasileira, quando era uma casa de escritores e notáveis.

Minas foi mais do que o ciclo do ouro, das igrejas, da Inconfidência. O seu progresso e patrimônio histórico se deve aos seus grandes filhos, desde Tiradentes e os inconfidentes aos homens de saber como Claudio Manuel da Costa e  Tomás Antonio Gonzaga. Muitos não nascidos, mas mineiros de alta e vida.

Vamos dar força a esta nova fase, com  Romeu Zema, sem esquecer o exemplo de retidão e civismo dos antigos notáveis  mineiros.

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