Mestre na manipulação de emoções

10/01/2020 às 16:18.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:15

Mauro Condé

“Nem tudo o que enfrentamos pode ser mudado. Mas nada pode ser mudado enquanto não for enfrentado”.

Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte um excelente filme em cartaz nos cinemas.

Ele me levou para a Califórnia (EUA), onde fui recebido por Clint Eastwood, um dos maiores diretores de cinema do mundo, a quem fui logo pedindo: Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

Faça tudo com o máximo de maestria possível.

Maestria é a arte de executar os dez minutos finais de qualquer atividade com mais intensidade, entusiasmo, capricho e competência do que foi aplicado nos seus dez minutos iniciais.
Clint é o exemplo perfeito de seu ensinamento, pois, do alto dos seus 90 anos e em final de carreira, esbanja maestria ao dirigir seu último filme, “O caso de Richard Jewell”, o qual fiquei conhecendo por uma incrível coincidência: Dia desses, ao entrar em um banheiro de uma estação de metrô, me deparei com um pacote contendo um artefato ruidoso e cheio de luzes piscando.

Acionei o segurança do local que entrou correndo e com um cabo de vassoura ele apanhou a sacola e a levou para um vão livre para melhor avaliação.

Apesar de suspeito, acabamos descobrindo que se tratava apenas de um brinquedo velho, sem utilidade, abandonado por algum usuário.

Depois desse susto, entrei no metrô e vi pelo meu celular a propaganda do filme acima citado.

Duas curiosas coincidências me levaram a sair do metrô e, em seguida, ir correndo para o cinema mais próximo para assisti-lo: a semelhança física entre o segurança do metrô e o personagem principal do filme e o tema comum tanto à história quanto ao fato ocorrido na estação: uma suspeita de bomba.

O filme conta a incrível luta e a saga de um guarda de segurança que, depois de relatar ter encontrado o explosivo usado no atentado à bomba ocorrido durante as Olimpíadas de Atlanta (USA), foi primeiro conduzido ao posto de herói do país, por ter salvo milhares de vidas com a sua coragem, para depois ser transformado em vilão e suspeito de terrorismo pelo FBI e imprensa, sedentos por apontar um culpado de imediato.

A partir daí, ele e seu advogado lutam desesperadamente para provar sua inocência.

Um senhor filme, que eu recomendo, tamanha a maestria usada por Clint Eastwood para manipular nossas emoções e nos proporcionar uma fantástica e positiva experiência de viagem ao mundo ficcional.

Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por