José Roberto Lima*
“Meu filho fica empolgado quando faz inscrição para um concurso”. Assim começa a mensagem de uma senhora que me pediu ajuda. O sonho dela é ver o filho triunfar. E, assim, como treze milhões de pessoas, vê ótimas oportunidades nos concursos.
Nas linhas seguintes:
– Ele compra apostilas, faz inscrição em escolas preparatórias... ele até já leu seu livro, professor – comenta. Quando volta das aulas, espalha os livros sobre a mesa e – às vezes – até atrapalha um pouquinho para eu servir o almoço. Mas não me importo. Quero o sucesso dele.
E depois vem a lamen-tação:
– Mas isso dura só alguns dias. Depois ele desanima, começa a faltar às aulas e não usa mais a mesa para estudar.
“O que eu faço para ajuda-lo” – pergunta enfim.
Bem – iniciei assim a resposta – acho que os sonhos de aprovação são da senhora, e não dele. E direi palavras duras, mas com a sincera intenção de ajudar.
Começo afirmando que ele não estuda. E, antes que a senhora ache estranho, pois, afinal, ele espalha o material didático sobre a mesa, o que ele está fazendo é apenas isso mesmo: espalhando o material sobre a mesa.
Ele quer apenas impressionar a senhora. Talvez os sonhos dele nem sejam o de aprovação num concurso. São tantas as possibilidades de triunfo. Fale com ele sobre isso.
Quanto a ter lido o meu livro, agradeço. Não se trata de uma obra destinada apenas aos concurseiros. Não é um livro só sobre técnicas de estudos. É um livro sobre vitórias. Não é sem razão que já fiz palestras em igrejas evangélicas, em clínicas de recuperação de drogados, times de futebol, etc.
Então, meu livro pode ser útil a seu filho, não necessariamente para concursos. Mas, caso ele decida ir além de impressionar a senhora, caso ele desenvolva o firme propósito de ser aprovado... aí será melhor ainda.
(*)Advogado, professor da Faculdade Promove, mestre em Educação, delegado federal aposentado e autor de “Como Passei em 15 Concursos”. Escreve aos domingos.