O estudante da era digital

10/08/2016 às 21:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:18
 (Editoria de Arte)

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Aparecida Nicolai*

Os tempos mudam, novos hábitos surgem e a escola precisa acompanhar essa evolução. Os representantes das chamadas Gerações Y e Z, pertencentes à era digital, têm levado instituições de ensino e professores a reverem processos e métodos pedagógicos que se adequem a essa realidade. 

No Dia do Estudante, comemorado hoje, vale pontuar alguns dos desafios impostos às escolas pelo novo perfil do aluno brasileiro e como uma educação híbrida precisa, cada vez mais, ser difundida e aprimorada.

Muitos pesquisadores concordam que os estudantes de hoje são imediatistas. As crianças e jovens não querem esperar, eles precisam ver quase que imediatamente a aplicação do conteúdo que aprendem, isso porque também perdem o interesse rapidamente. Educar, no entanto, é um processo que acontece a longo prazo.

Por outro lado, com a informação acessível e disponível em celulares e tablets, muitos alunos já chegam à sala de aula com um conhecimento prévio sobre temas específicos, o que faz com que eles sejam mais participativos e levem conteúdos para serem debatidos pela turma. 

Eles são estimulados o tempo todo, por isso também são mais criativos, questionadores e se adaptam a mudanças. Com tanta informação e com a tecnologia fazendo parte do cotidiano deles, o docente e a escola precisam pensar em novas formas de atrair a atenção dos educandos.

É nesse momento que a tecnologia passa de vilã a aliada no ensino. A educação híbrida tem sido cada vez mais discutida entre os profissionais e vem ganhando as salas de aula. Por meio desse conceito, os estudantes alternam momentos individuais de estudo em ambientes virtuais, como aplicativos, e em grupo, estimulando, assim, a autonomia na formação e a capacidade de trabalhar na coletividade. 

Essa mudança de cultura também passa pela capacitação e pelo treinamento do professor, que deve se familiarizar com a linguagem tecnológica. Antes de tudo, porém, a comunicação é a base. 

Com tanto conteúdo disponível a um toque na internet, estimular a visão crítica do aluno também se faz urgente, pois ele precisa compreender que nem tudo que se lê, vê e escuta corresponde de fato à realidade social, política e econômica em que está inserido.

(*) Diretora pedagógica do Colégio ICJ
 

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