O futuro chegou: e aí, você está preparado?

10/06/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:48

Geisa Mara Batista e Márcio Cunha Perés* 

Você sabe o que é internet das coisas? Já se imaginou um empreendedor de um negócio de locação de drones? Você sabia que alguns analistas preveem que cinco milhões de empregos serão perdidos no mundo nos próximos cinco anos? Já pensou em produzir sua própria energia e vender o excedente? Você sabia que a água que você consome já é reciclada? E o que mais será reciclado? 

O futuro chegou! A todo instante somos bombardeados pelos avanços tecnológicos da Quarta Revolução Industrial que está à nossa porta. Além das mudanças nos sistemas de produção e consumo e amplo uso de inteligência artificial, ela também traz o desenvolvimento de energias verdes.

Em meio aos acontecimentos que nos atropelam – construções energeticamente sustentáveis pela fotossíntese das plantas que compõem suas fachadas vivas, como também a carros autômatos que já percorrem milhares de quilômetros pelo globo terrestre –, cabe o momento para uma honesta reflexão sobre a sua relação com o mercado.

Você é um profissional multitarefas? Quais competências deve assimilar para enfrentar a revolução tecnológica? Está preparado para ser gerenciado por uma inteligência artificial? O que está fazendo hoje para ser contratado ou empreender em 2021?

Hoje, o presente se torna histórico. Quando o departamento de trânsito dos EUA se mostra aberto à possibilidade de se considerar “o motorista” a inteligência artificial que conduz o carro autômato do Google e caminhões de empresa de logística americana, nossas discussões acerca dos conflitos de interesses entre Uber e táxi tornam-se obsoletas – podem nem sequer haver motoristas em carros particulares num futuro muito próximo. 

Restaurantes e empresas já testam seus robôs “inteligentes”. Diante de tempos como o que vivemos, pensar em que papel se ocupará no mundo em médio prazo e quais possibilidades de negócios que se abrem torna-se primordial.

Os drones, que já executam serviços de vigilância e transmissão de eventos esportivos, podem vir a fazer entregas de livros e remédios. Hoje ainda são pilotados pelo homem, mas logo voarão sozinhos, em segurança, e trarão novos campos de utilização.

Aquilo sobre o que aqui se reflete já é fato concreto e palpável. Não devemos, pois, confundir tal reflexão com um exercício de futurologia. Trata-se, antes, de uma ação sensata e estratégica. Ser capaz de responder hoje às últimas questões propostas pode ser o ponto de disjunção de sua trajetória que determinará onde estará amanhã. 

Contudo, você, como tantos outros, pode estar sentindo-se alheio a esta transformação global e estar sendo tomado por um misto de surpresa e angústia. Bem, meu caro, a você um alento: sem desequilíbrio não há caminhar, é preciso se levantar uma perna, se sustentar momentaneamente sobre apenas um dos pés, gerar o desequilíbrio para que, enfim, se possa pisar adiante e reestabelecer o equilíbrio novamente. 

É preciso a desestabilidade para prosseguirmos. A inquietação garantirá que siga sua jornada. E aí, você está preparado?

(*) Professores da Faculdade Senac de Contagem

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