O impacto da indústria 4.0 no mercado siderúrgico e mineração

06/01/2021 às 19:43.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:51

Vinicius Callegari*

É notório que a indústria 4.0 tem proporcionado um cenário extremamente positivo em relação a produção, otimização de processos e novos negócios, principalmente em alguns segmentos e mercados que até então eram considerados tradicionais quando o assunto é inovação e transformação digital.

Não há dúvidas que a tecnologia tem sido um dos precursores do desenvolvimento de diversos setores da economia e um dos pilares, se não o principal, para manter a efetividade das operações. Segundo a reportagem desenvolvida pela emissora BBC, a indústria 4.0 é um projeto de alta tecnologia, que está em desenvolvimento desde 2013 na Alemanha, com objetivo de levar toda a produção a uma total independência de mão de obra humana e inserir cada vez mais a inovação nesse ambiente.

Esse cenário beneficiou, e muito, toda a cadeia industrial, seja com melhoras nos processos, otimização tempo, de mão de obra, redução de custos e gestão mais eficiente. Não há dúvidas que a transformação digital e a era da indústria 4.0 aos poucos têm tido um papel importante no desenvolvimento de siderúrgicas e mineradoras, mostrando sinais de que essas empresas estão prontas para a mudanças que essas ferramentas proporcionam.

Porém, ainda percebemos que existem alguns entraves que são necessários serem superados, como a incapacidade de medição assertiva da produtividade das máquinas que atuam diretamente na cadeia de produção da indústria, falha da conectividade dentro das áreas que necessitam ser monitoradas, entre outros.

As torres de controle na logística rodoviária, por exemplo, estão se tornando famosas por facilitar a tomada de decisão com informações em real time. Quando se fala das máquinas e veículos pesados utilizados na logística interna de movimentação de materiais na indústria de transformação, o tema conectividade de frota e todo o seu potencial está ainda menos maduro. Portanto, se mostra um campo fértil para que os conglomerados adotem tecnologias que ajudem a dar saltos de produtividade em processos que impactam diretamente no custo do produto final.

Percebo que há muito a se explorar e existem diversas possibilidades que a transformação digital pode oferecer. Antigamente, não tínhamos dentro das usinas a presença de máquinas inteligentes que são capazes de monitorar o desempenho das atividades e maximizar o tempo dos trabalhos. O IoT e uso de tecnologia de realidade virtual (VR) tem trazido e permitido levar o mercado siderúrgico e de mineração a um outro patamar de competitividade.

Enfim, já podemos ver diversas possibilidades da criação de operações virtuais, trocas ou integrações de dados, aumento da colaboração em toda a cadeia de valor, a importância de algoritmos e blockchain para garantir autenticidade do aço produzido, que alguns anos atrás sequer existia, entre outros benefícios. A tendência é que nos próximos anos, isso tudo não seja uma novidade e sim uma realidade bastante comum dentro do negócio.

*É CCO e Head de Desenvolvimento Comercial da GaussFleet , maior plataforma de gestão de máquinas móveis para mineradoras e siderúrgicas

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