Mauro Condé*
“O que não tem solução, solucionado está”
Provérbio Chinês
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre Engenharia.
Eles me levaram para a década de 70 nos Estados Unidos, onde fui recebido pela dupla Charles Kepner e Benjamin Tregoe, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
- Evite ser taxado como “o incompetente proativo.”
- Apenas pule para cima da solução de um problema quando você tiver certeza de ter entendido o que se espera que você entregue quando ele for resolvido.
Kepner & Tregoe fundaram na década de 50 uma consultoria de negócios, onde desenvolveram a metodologia DAF - Detecção Analítica de Falhas, que acabou se transformando num livro de sucesso.
Eles foram os precursores da análise crítica de problemas, muito usada em grandes corporações até hoje, cujas dicas principais são:
Desenvolva uma visão sistêmica do problema, aquela que te força a enxergá-lo a partir da visão do todo (visão da floresta inteira) e evite a visão das partes isoladas (visão de uma única árvore), pois os problemas se comunicam e se alastram como pólvora.
Evite tratar o problema como uma ida a uma farmácia em busca de uma solução para os sintomas (lá você até pode encontrar um remédio que melhora a dor de cabeça, mas em questão de horas ela bate de volta).
Trate o problema como uma ida a um médico, parta da descrição dos sintomas para fazer exames e diagnósticos precisos até eliminar a causa raiz em definitivo.
Jamais aja como o forasteiro que chega de fora com a resposta certa; prefira o modelo Einstein de resolver problemas fazendo as perguntas certas para os envolvidos, pois ninguém melhor para ajudar a pensar na solução de um problema do que a pessoa que trabalha ali.
E por último e mais importante, a dica para se transformar no maior Ás da solução de problemas:
Saiba que se algo funciona corretamente todos os dias como um relógio e de repente para de funcionar, a culpa com 100% de certeza é da última mudança feita na área, no sistema, no processo ou na máquina.
Em sã consciência ninguém muda pra pior, mas quando um defeito ou uma falha aparece basta rastrear a partir de onde e principalmente a partir de quando o problema teve início e investigar com lupa toda e qualquer mudança desde então.
Focar na última mudança é tiro e queda.
*Consultor, Palestrante e Fundador do Blog do Maluco