O novo ano clama por paz

05/01/2017 às 20:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:19

Ana Luiza Veloso*

Iniciamos 2017 impactados e estarrecidos com tamanha violência e crueldade. Quando ainda nem era meia-noite no Brasil, notícias do ataque terrorista em uma festa de réveillon em Istambul, Turquia, que deixou 69 pessoas feridas e 39 mortas. Um pouco mais tarde, em Campinas, um homem em processo de separação e disputa pela guarda do filho, invadiu uma festa de fim de ano matando sua ex-esposa, seu filho, outros 11 familiares das vítimas e tirando sua própria vida.

Ao mesmo tempo, em Minas Gerais, uma rebelião no presídio de Nova Lima. Logo depois, o início de um gravíssimo embate entre facções criminosas em presídios no estado do Amazonas, que culminou em um verdadeiro massacre, com a morte de 56 detentos, escancarando parte dos complexos problemas do sistema prisional brasileiro. Cenários distintos, variadas motivações e a constatação de que estamos passando por uma profunda crise social e de segurança, em escala internacional, sem tolerância ao outro ou valorização à vida.

Em meio a tudo isso, tomou posse, em 1º de janeiro, o novo Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, com a missão da busca pela paz, por suas próprias palavras: “Façamos de 2017 um ano em que todos – cidadãos, governos, dirigentes – procurem superar as suas diferenças. Seja através da solidariedade e da compaixão nas nossas vidas cotidianas, seja através do diálogo e do respeito, independentemente das divergências políticas. Seja por via de um cessar-fogo num campo de batalha ou mediante entendimentos conseguidos à mesa de negociações para obter soluções políticas. A procura do bem supremo da Paz deve ser o nosso objetivo e o nosso princípio orientador. A dignidade e a esperança, o progresso e a prosperidade depende da Paz. E a Paz depende de nós”.

Todos esses ocorridos reforçam a necessidade de uma atuação articulada e intersetorial para o enfrentamento aos desafios da segurança e pela cultura de paz. É nisso que o Minas Pela Paz acredita e é assim que atua: por uma sociedade mais justa, humana e pacífica.

(*) Gerente de projetos do Minas Pela Paz

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