Alex Ian Psarski Cabral *
Uma das habilidades definidas como fundamental no século XXI e que a Singularity University faz questão de desenvolver em seus alunos é a empatia. Grosso modo, empatia é a capacidade de sentir a dor do outro.
Desde as primeiras notícias a respeito do COVID-19, o mundo tem testemunhado uma série de reações humanas à pandemia: desde o egoísmo e o individualismo de pessoas absolutamente despreocupadas com o próximo, até boas atitudes de cooperação e humanidade.
Cooperação, aliás, é outra habilidade sócio emocional preciosa do ser humano. Mas, sem dúvidas, entre todas as chamadas soft skills, a empatia é a competência mais rara em tempos de pandemia.
O vírus que se alastrou por todos os continentes, espalhando-se por quase todos os países do globo terrestre, trouxe consequências avassaladoras em diversas áreas: provou o despreparo dos sistemas de saúde e a sensibilidade das economias. Mas, principalmente, expôs as fragilidades humanas.
Logicamente, há episódios positivos, algumas notícias alvissareiras e comportamentos exemplares, como algumas iniciativas de solidariedade e a atuação dos profissionais de saúde e voluntários, cujos esforços têm sido reconhecidos e saudados ao redor do mundo.
Entre todas as suas vicissitudes, o homem 4.0 já conheceu a internet das coisas, a realidade aumentada, a inteligência artificial e o big data, mas, infelizmente, parece ainda ter dificuldades de enxergar ao próximo e a si próprio.
*Professor do curso de Direito das Faculdades Kennedy