O revigorante voluntariado

15/06/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:53

Khacyos Rezende*

O trabalho voluntário é uma das melhores formas de contribuir para o desenvolvimento de novas competências e de novas atitudes que são importantes para o mundo dos negócios e para a vida pessoal. A ação social, se bem direcionada, permite descobrir que o foco final das doações vai além do trabalho das instituições – alcança a sociedade e revigora o planeta.

Ser voluntário é ajudar o próximo, e a si próprio, sem esperar nada em troca numa completa ação de solidariedade, doação e amor. Os projetos beneficentes garantem a oportunidade para aprendizado e doação, principalmente, de tempo. Além disso, proporciona momentos de alegria, algo que não tem preço, e é o trabalho mais gratificante que o ser humano pode experimentar, uma vez que a pessoa se deparar com problemas que não fazem parte da sua vida cotidiana, o que faz com que ela perceba e reconheça uma nova realidade.

Ser voluntário é um exercício de disciplina, dedicação e desprendimento. O que é doado é sempre muito significante para quem precisa de algum tipo de ajuda. As doações podem ser materiais como alimentos, roupas, brinquedos, materiais escolares e de informática, entre tantos outros produtos, ou, inclusive, em forma de trabalho voluntário, colaborando em diversas áreas dentro das instituições. É possível oferecer até mesmo carinho, dedicando seu tempo para fazer uma visita a comunidades carentes ou doentes.

Pessoas que já fizeram algum tipo de trabalho voluntário garantem que o pagamento é feito pela autossatisfação e pelo amor próprio que passam a sentir após conseguirem ajudar o próximo. Outro ponto importante do voluntariado é a percepção de que as doações ao próximo ajudam a si próprio. Como o serviço é feito no tempo livre do voluntário, há disponibilização total ao outro, o que garante o aperfeiçoamento da personalidade, também chamado de “reforma-íntima” ou autoconhecimento.

O Instituto Vírus do Bem é um dos mais contagiantes projetos voluntários de Minas Gerais. Hoje, a instituição já atende mais de 50 instituições e são mais de 200 voluntários cadastrados. Qualquer produto recebido é transformado em doação, sendo um importante elo de ligação entre cidadãos e instituições.

Um dos projetos é a boutique Ecoarte – Arte e Ecotransformados, cuja terceira edição acontecerá no dia 9 de julho, no BH Boutique Hostel e visa a valorização e o empoderamento dos artesões e artistas que recebem as doações – retalhos, resíduos, material reciclado, embalagens e utensílios e transforma-as em objetos de decoração e de arte, além de acessórios para o lar.

A doação é uma via de mão dupla e, mesmo quem faz isso sempre, sai ganhando. Ser voluntário é trabalhar para se autorremunerar com carinho e altruísmo. É extremamente gratificante colaborar com o próximo e sentir que essa atitude faz a diferença na vida dos outros.

O mundo deve se conscientizar que a solidariedade e o trabalho colaborativo são os remédios para a saúde do corpo, da mente e da alma. Quando as pessoas se dispõem a ajudar, a energia que recebem de volta é tão boa, que o auxílio se torna rotina. Cria-se um ciclo, atingindo cada dia mais pessoas que querem ajudar. Por isso, que o projeto Vírus do Bem tem este nome, já que é tão nítido que o bem é contagiante.

(*) Fundador e presidente do Instituto Vírus do Bem

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