Mário Condé*
“Buscando provar que o réu era culpado, chegaram à certeza de sua inocência.” – do filme “Doze Homens e Uma Sentença”.
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros e vídeos sobre Direito.
Eles me levaram ao escritório da TAC Corporation, nos Estados Unidos, onde fui recebido pelo dr. Jason Bull, a quem fui logo pedindo:
– “Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.”
– “Seja justo, faça o justo e jamais condene um inocente. O justo nunca erra!”
Jason Bull é o protagonista do seriado Bull, cujas histórias se desenrolam ao redor de Tribunais de Justiça.
Bull não é advogado. Ele é especialista em ciência dos julgamentos.
Seu diferencial competitivo é fazer justiça influenciando o veredicto recebido.
Ele faz isso descobrindo o que um jurado vai decidir antes mesmo de ele tomar a decisão.
Bull conta com uma competente equipe que, ao ter uma lista de potenciais jurados, coloca seus dados numa complexa matriz.
Então simulam um julgamento prévio nos moldes do que acontecerá usando um júri espelho perfeito, composto por pessoas com características e padrões comportamentais muito semelhantes aos dos potenciais jurados de um caso.
Ele usa a ciência para prever o comportamento de um provável jurado.
Fiquei tão impressionado com essa ideia de existir uma pessoa espelho da outra que me desafiei a encontrar alguém que pudesse ser considerado o meu sósia comportamental.
Usando a técnica de Bull, digitei na internet um resumo do meu suposto perfil pessoal, incluindo características como gostar de artes, ser fã de jazz e ser um leitor compulsivo com desejo de um dia ser escritor.
Também incluí o prazer de solucionar problemas fazendo diagnósticos e propondo soluções para quebra-cabeças complexos.
E não é que o Google localizou o meu sósia comportamental quase perfeito a partir dos meus gostos e preferências?
Trata-se de um personagem de ficção extraído das páginas dos livros do premiado autor cubano Leonardo Padura.
Diz o Google que ele é igualmente fã de jazz, que adora ler (principalmente Hemingway) e que queria muito ser escritor, mas acabou se tornando um brilhante investigador, solucionador de crimes difíceis, em sua Cuba natal.
Quase caí da cadeira quando, na última linha da pesquisa, o Google me revelou o nome do meu sósia comportamental:
Detetive Mario Conde, acredite se quiser! rs
*Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco