José Roberto Lima*

Neste Domingo, ao presentear seu pai, aproveite para perguntar-lhe como eram os concursos há umas três décadas. Talvez ele se lembre de que os salários não eram bons. E que a motivação de muitos candidatos era apenas arrumar um emprego.

Com certeza ele também se lembrará de algum pequeno triunfo na sua infância, um desses que causou nele muita alegria. Pode ser um brinquedo que você mesmo fez, uma apresentação na escola, uma aprovação de destaque... Pode ser qualquer coisa que levou aquela criança a dizer com orgulho: “Pai, passei” ou “Pai, eu que fiz”.

Tive um aluno que era o grande orgulho do pai, em contraste com os irmãos que não gostavam de estudar. Os olhos paternos brilhavam quando vinha mais um pequeno triunfo escolar. 
E ele exagerava. Afinal, quando o filho se apresentou para o serviço militar obrigatório, eis o comentário entusiasmado: “Agora teremos um general na família”.
Sendo depositário dessa grande esperança de futuro, o filho seguiu fazendo o que realmente gostava (e ainda gosta): dedicar-se à maior aventura da mente humana, que é a aventura de aprender. As aprovações em concursos não tardaram a chegar.

Quando se formou, já aprovado num concurso disputadíssimo, aquele aluno me disse que o sorriso e o brilho nos olhos do pai foram a grande motivação para estudar. Mais do isso: foi a grande motivação para persistir nos estudos, até que, em poucos meses, assimilou o prazer de estudar e de aprender.
Então, leitor ou leitora, neste dia dedicado ao seu pai, revigore as lembranças de sorrisos e olhares dele. Isso basta para te manter empenhado no rumo do sucesso. E torço, sinceramente torço para que, muito em breve, você diga a ele: “Pai, passei!”.

Feliz dia dos pais!

(*) Advogado, professor da Faculdade Promove, mestre em Educação, delegado federal aposentado e autor de “Como Passei em 15 Concursos”. Escreve aos domingos.
 

Compartilhar