José Roberto Lima*
Algumas palavras ou expressões conceituam o sucesso das Olimpíadas no Brasil. Para os voluntários, que receberam as delegações e os turistas, a palavra é “acolhimento”. Para os atletas a expressão é “lealdade nas disputas”. Para os governantes, “inte-gração dos povos”.
Para muitos empresários a expressão foi – por que não? – “oportunidade de excelentes negócios”. Mas, quanto às Paralimpíadas, eis palavra define o sucesso: “superação”!
Atletas, verdadeiros atletas, estão emocionando o público e mostrando que nenhuma limitação, mesmo que muito intensa, não impede a prática desportiva. Eles também trazem à tona uma questão: o que nós temos de essencial e que nos define como seres humanos?
Num primeiro momento, podemos pensar em braços e pernas para responder a essa pergunta. Mas, não. Esses órgãos do aparelho locomotor, embora muito úteis, não são essenciais para nos definir como seres humanos. Nem mesmo o cérebro, que concentra nossa atividade intelectual, não define nossa essência.
O que define nossa essência é a consciência, entendida como a percepção de nós mesmos como pessoas. Quem é capaz de perceber a si mesmo como um ser humano é capaz de sonhar. Assim, seja qual for a limitação física, sempre haverá um meio de lutar por um futuro melhor.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, quando teve início as Paralimpíadas, milhares de atletas vêm demonstrando isso. Ademais, as novas tecnologias permitem adaptações para incluir os portadores de deficiência não só nos esportes, mas também no mundo digital, no trabalho, etc.
E, quanto aos estudos, eis a boa notícia: muitas dessas tecnologias são baratas, e até mesmo gratuitas. Então, se o seu negócio é estudar, você não tem desculpa, hem!
E eu desejo que a superação dos atletas paralímpicos lhe sirva de inspiração.
(*) Advogado, professor da Faculdade Promove, mestre em Educação, delegado federal aposentado e autor de “Como Passei em 15 Concursos”.