Pets em shoppings: uma oportunidade de crescimento

16/02/2017 às 18:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 23:01

Rafael Martinez* 

Segundo dados do IBGE de 2013, 44,3% dos domicílios brasileiros possuem um cachorro. De olho neste mercado, cada vez mais shopping centers abrem suas portas para o melhor amigo do homem.  Se os cães não podem entrar, muitas vezes os donos também não frequentam o mall, isso para não deixar os pets sozinhos em casa. Para muitos lojistas, esse tipo de atitude representa vender menos e também a diminuição de pessoas transitando.

Tendência entre os principais players do setor, o shopping de Ipatinga reposicionou o conceito pet friendly para dog friendly. Isso porque o conceito amplo de “pet” colocaria o shopping numa posição delicada, forçado a receber qualquer animal que o dono considere de estimação. 

O objetivo da ação é aumentar o fluxo de clientes, vendas e criar uma imagem positiva através do posicionamento amigável com os cachorros, uma vez que proibir a entrada dos cãezinhos pode significar menos dinheiro no caixa. É notório que os animais de estimação ocupam posição de destaque na família, tendo destinadas a eles compras de acessórios, presentes, higiene e alimentação especial. 

Em 2015 os consumidores brasileiros desembolsaram R$ 16,7 bilhões com produtos e serviços para os bichos de estimação, segundo dados divulgados nesta pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Os números credenciam o Brasil como segundo maior mercado pet do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que lideram disparados (US$ 30,4 bilhões). 

Não raramente o mix de lojas dos shoppings que aceitam animais de estimação possui um pet shop no intuito de dar maior visibilidade e complementação ao conceito. 

No shopping de Ipatinga-MG, para receber os cãezinhos, toda uma estrutura foi montada. Sacos coletores, lixeiras especiais, treinamentos para a equipe de limpeza e segurança, regulamento e sinalização foram alguns dos procedimentos executados. Todos os detalhes foram pensados; tem até dog car para passear com os cães mais preguiçosos.

Para maior visibilidade e aderência ação o mall adotou um cachorrinho. O mascote foi escolhido como porta-voz da campanha e será presença constante no shopping. Além disso, o cachorro será o ícone das redes sociais da empresa, dando um tom alegre e divertido, como é característica dessa mídia. 

É inegável que os pets se tornaram alvo e escopo de muitas ações de marketing. Um mercado em franca expansão que pode render muitos cifrões.

(*)  Gerente de marketing Shopping Vale do Aço

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