Procurando o sentido da vida

29/10/2021 às 15:33.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:09

Mauro Condé*

“Os dois dias mais importantes da sua vida são: o dia em que você nasce e o dia em que você descobre o porquê.” Mark Twain.

Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre literatura.

Eles me levaram para Paris em 1921, onde fui recebido por Marcel Proust, gênio da literatura, a quem fui logo pedindo:

Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

Não perca tempo na vida e nunca desperdice esse que é o combustível que marca a sua existência nesse mundo.

Busque descobrir o sentido e o significado da sua vida, antes que seja tarde demais.

Em sua obra “Em Busca do Tempo Perdido”, Proust narra a história de um candidato a escritor, que vive à procura do sentido da vida dentro de três possíveis fontes:

Primeiro, busca o sentido da vida dentro do Sucesso Social, mas logo descobre que status social, dinheiro, fama e poder não são garantia de resposta.

Segundo, tenta achar o significado da vida dentro do Amor e logo descobre que tentar fundir sua vida à vida de uma suposta cara metade eventualmente pode não trazer o sentido desejado.

Passa então a procurar o sentido da vida dentro da Arte e lá parece mais bem-sucedido.

A arte representa o contrário do hábito (o símbolo da mesmice e da chatice da vida).

É exercitando o gosto pela arte que ele percebe que a vida é bela, fascinante e complexa e, portanto, tem o dom de dissipar nosso tédio, monotonia e ingratidão.

E a arte pode estar em pequenos gestos, como a sensação que ele teve ao molhar um famoso bolinho francês (chamado Madeleine) dentro de uma xícara de chá.

Subitamente sentiu uma sensação de bem-estar, quando involuntária e simultaneamente se dividiu entre dois momentos distintos, o presente e passado (recriado em sua memória pelo gatilho do Madeleine).

O sabor daquela delícia transformou para melhor o seu humor e o levou para o passado (do modo como certos sabores nos fazem, às vezes), para os anos de infância, quando passava as férias de verão na casa da tia no campo.

Foi o seu momento proustiano, onde um caminhão de lembranças agradáveis invadiu sua mente e o encheu de esperança, alegria e gratidão.

Não perca seu tempo na vida, invada a sua mente com as melhores lembranças da sua vida e procure descobrir dentro delas o significado e o sentido de você estar vivo e a razão de você ser quem você é.

Depois mude o mundo para melhor com a sua descoberta.

*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco

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