Álvaro Fernando*
Muitas vezes, me deparo com a pergunta: “você faz palestra motivacional?” No início, isso me causava um efeito sutilmente desconcertante, em que eu levava alguns minutos para responder, mas não sem antes explicar qual era o meu entendimento sobre o termo palestra motivacional.
Já participei dessas palestras e confesso que algumas, na hora, foram muito legais, mas depois percebi que eu continuava o mesmo e que meus obstáculos permaneciam exatamente onde estavam antes. Nada havia mudado na minha percepção sobre mim e sobre o meio em que estava inserido.
Hoje, quando me perguntam se eu faço palestra motivacional, respondo com muita positividade: “sim, é exatamente isso que eu faço!” Tenho orgulho em fazer palestras que motivam as pessoas!
Por exemplo, há quanto tempo você não examina suas aspirações, seus desejos mais elevados e compara com o seu dia a dia? Será que a realização profissional e pessoal é algo que está ao alcance de todos ou é uma especiaria para os paladares de poucos atrevidos? Uma mistura bem eclética de microproblemas, aliada à extrema dificuldade de mobilidade que subtrai todo tempo que seria entregue ao lazer. Como defender todas essas fronteiras?
Pensar em protagonismo requer que você repense o que pretende esperar de cada uma dessas fronteiras, com que resultado ficará satisfeito, e em quais fronteiras você será mais exigente.
Comece a fazer uma dieta de informação, livre-se do lixo informativo, repense se quer mesmo ser rico, bonito, independente, bem informado, descolado, jovem e cheio de namoradas(os) ou se já é capaz de perceber que, além de inalcançável, esse objetivo não leva a nada.
Às vezes, nos esquecemos de nossa essência verdadeira e alguns atalhos da rotina vão se tornando o caminho principal. É nesse momento que temos que rever os conceitos de protagonismo e propósito, lembrar nosso papel e viver a vida plenamente.
(*) Especialista em habilidades conversacionais e em comunicação e persuasão, empresário e músico e sócio da VU Studio.