Qual o rumo a ser tomado?

02/08/2016 às 08:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:06

Por Sérgio Itamar (*)

Muita coisa mudou do começo de 2016 até agora. As previsões já não eram muito otimistas, mas podemos dizer que as coisas deram uma piorada, não é mesmo!? A mudança do governo trouxe uma drástica transformação quando tratamos de governança. Presidente afastada e o presidente em exercício têm divergências no modo de governar, o que trouxe uma série de incertezas.

O processo de impeachment continua em tramitação, o Senado ainda dará o veredito. Por isso, é preciso trabalhar com duas hipóteses: a primeira seria com a volta de Dilma, sem apoio necessário, o que ocasionaria na falta de força para aprovar medidas para frear a crise. Esse cenário não seria nada bom para o Brasil, politicamente e economicamente.

Caso a saída da presidente seja decidida, caberá ao governo que ficará por a “casa” em ordem, que será um caminho longo e árduo. Na verdade, não creio que haverá clima político nos próximos dois anos para as reformas estruturais e profundas de que tanto necessitamos. Acredito que as mudanças na política econômica ocorrerão com o decorrer do tempo, com grande chance de tirar o fôlego da crise em que estamos mergulhados no momento, diminuindo seu crescimento e impacto.

Grandes mudanças e sacrifícios terão que ser feitos, por todas as partes, tanto das esferas públicas, quanto privadas. A instabilidade política agravada a cada medida tomada pelo novo governo fará trégua apenas após as eleições de 2018. Até lá estaremos mergulhados num processo de reinvenção diária em todos os setores, onde a visão estratégia nas empresas, de todos os portes, será mais importante do que nunca.

Os rumos do país ainda são uma incógnita. A única coisa que se sabe é que será necessário brio e pulso firme dos governantes. A população como um todo quer mudanças e tem a esperança de dias melhores. A falta de emprego, insegurança e problemas econômicos estão deixando o povo impaciente. Porém, com o trabalho árduo de cada um, será possível mudar os rumos do Brasil.

(*) Professor de análise de riscos do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE)

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