Reconhecimento mundial da cirurgia plástica brasileira

19/12/2020 às 05:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:21


Pedro Nery Bersan*

A busca pela perfeição e adequação aos padrões são alguns dos motivos para o crescimento da procura por procedimentos estéticos. Porém, as cirurgias plásticas estão em alta desde 1914, após a 1° Guerra Mundial. Os soldados voltavam da guerra com terríveis ferimentos e traumas, o que instigou a criação de soluções. Há, também, registros de plásticas do século VI na Índia, feitas com técnicas rudimentares em pessoas que sofriam punições, como corte de nariz. Essas plásticas ficaram conhecidas e são chamadas de cirurgia plástica de reconstrução ou correção.

Com a evolução dos estudos e da medicina, a cirurgia plástica deixou de ser somente reparadora e, então, se popularizou a chamada cirurgia plástica estética. O processo está associado a sonhos: um nariz menor, um seio maior e um corpo definido são alguns dos desejos que mais chegam até às clínicas. 

A beleza é uma preocupação constante do brasileiro, permitindo que a cirurgia plástica se tornasse uma solução para homens e mulheres em busca de mudanças para os aspectos geradores de insegurança. O crescimento do setor no país vem ganhando reconhecimento mundial pela competência científica dos especialistas aqui formados.

O Brasil ocupa o 1º lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas estéticas, ultrapassando os Estados Unidos. Os dados são de uma pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgada em dezembro de 2019. De acordo com o levantamento, em 2018, foram registradas mais de 1 milhão 498 mil cirurgias plásticas estéticas no Brasil, além de mais de 769 mil procedimentos estéticos não-cirúrgicos.

As próteses de silicone, lipoaspiração, abdominoplastia, blefaroplastia, rinoplastia e a cirurgia de rejuvenescimento da face estão entre as intervenções mais procuradas. O público que mais procura por cirurgia plástica é o feminino (70%), mas o crescimento de homens é visível, uma vez que, nos últimos anos, subiu de 5% para 30%. 

Os profissionais brasileiros são muito respeitados pelos números, mas, principalmente, pelo foco em qualidade, segurança e inovação em intervenções cirúrgicas. O cirurgião plástico passa por seis anos em uma Faculdade de Medicina, mais dois anos em cirurgia geral e outros três anos para residência em cirurgia plástica e, portanto, se capacitando adequadamente para qualquer procedimento. A confirmação sobre o médico ser membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é uma segurança para o paciente, sendo feita diretamente na plataforma de busca dentro do site da SBCP. 

Os benefícios da cirurgia plástica vão muito além da questão estética ao devolver a autoestima. Também auxilia na recuperação de doenças e aspectos funcionais do corpo, podendo corrigir ou aprimorar com procedimentos cirúrgicos.

É importante reforçar que os procedimentos estéticos devem ser feitos por um cirurgião credenciado pela SBCP e em uma clínica qualificada. É preciso praticar uma cirurgia plástica como especialidade médica, respeitando os princípios éticos profissionais e priorizando sempre a segurança, saúde e satisfação da pessoa.

* Cirurgião plástico do Hospital Madre Teresa e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

  

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