Reflexão sobre o Mês Mundial da Infertilidade

26/06/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:13

Junho é o mês mundial de conscientização sobre a infertilidade. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 15% dos casais em idade reprodutiva são estéreis. Hoje, sabe-se que, entre as causas da infertilidade, 40% são masculinas, 40% femininas, 10% do casal e 10% sem causa definida. Os tratamentos de reprodução assistida apresentam avanços frequentes e são primordiais para os casais que querem ter filhos.

Segundo um levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2011 a 2016, o número de fertilizações in vitro subiu de 13.527 para 33.790, ou seja, um crescimento de 149,79%.

É muito importante conscientizar as pessoas sobre as causas da infertilidade e os avanços presentes nos tratamentos disponíveis para quem quer ter filho. Assim como a importância dos especialistas em ajudarem no processo de fertilização, as novas técnicas geram maior esperança para quem faz parte dessas estatísticas.

Existem casais que tentam engravidar sem sucesso por meses ou, até mesmo, anos. A infertilidade conjugal pode estar relacionada a vários fatores e deve-se procurar ajuda especializada. O desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida contribui para aumentar a taxa de fecundidade e existem diversas alternativas. 

O diagnóstico preciso da infertilidade conjugal e a indicação de um tratamento mais adequado requerem um especialista em medicina reprodutiva. A avaliação inclui a história clínica detalhada do casal, exame físico e diversos testes diagnósticos específicos para determinar a causa e melhor alternativa de tratamento.

Vários fatores podem influenciar a fertilidade. Como as possibilidades de sucesso estão diretamente relacionadas à idade, a recomendação é procurar ajuda médica, após um ano de tentativas sem resultado para as mulheres com idade inferior a 35 anos e, após seis meses, para aquelas com mais de 36 anos. A reprodução assistida registra várias conquistas para as famílias, tanto através da preservação da fertilidade, quanto da reversão da infertilidade, ou do aumento das chances de bebês saudáveis, principalmente, nos casos em que as taxas seriam bem reduzidas.

As técnicas mais utilizadas são o sexo programado, inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV), definidas após uma avaliação criteriosa das causas. Os tratamentos podem variar de R$ 1 mil a R$ 10 mil em clínicas particulares, dependendo do método. A reprodução humana ainda não é um procedimento acessível em diversos casos. 

Entretanto, algumas iniciativas já estão contribuindo para mudar essa realidade, como o acesso pelo SUS, mesmo que muitas vezes demorado e, algumas conquistas junto a planos de saúde. A recomendação é buscar as possibilidades disponíveis e não desistir do sonho, pois a ciência tem evoluído como aliada da família.

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