Renato Tostes*
À medida que a recessão, a inflação e o desemprego crescem no Brasil, aumentam também os riscos da inadimplência, um dos maiores perigos para a saúde financeira de um negócio. O problema é uma das armadilhas que faz com que 74% das organizações não sobrevivam no país, segundo dados do Sebrae.
Por isso, é fundamental manter clientes que honram com seus compromissos e não abrir brechas como financiar dívidas sem ter uma noção do histórico do comprador e receber cheques de clientes recém-agregados no mercado.
A inadimplência causa complicações em efeito cascata, pois começa com a não efetuação de pagamentos esperados e pode terminar com a necessidade de empréstimos que normalmente são realizados com juros desfavoráveis ao empresário, o que põe em risco a instituição.
Segundo levantamento da Serasa Experian, no mês de março, cerca de 60 milhões de brasileiros iniciaram o ano na lista de inadimplentes e o total de dívidas chega a R$ 256 bilhões. O número é o maior já registrado desde que o levantamento passou a ser feito, em 2012.
Neste cenário de estagnação financeira, a principal causa da inadimplência no ano de 2015 foi o desemprego, que atingiu 10,4%, a maior taxa da série histórica do IBGE. Como consequência, o prejuízo financeiro das empresas sobe e as tentativas de negociação tomam dos empreendedores um tempo que poderia ser investido no gerenciamento e na expansão dos negócios.
A inadimplência é ainda maior por conta dos diversos gastos que as pessoas possuem neste período, como IPVA e IPTU, o que resulta em mais dívidas. Por isso, ceder financiamentos e facilitar parcelamentos por meio de cheques, deve ser evitado.
Para amenizar os riscos, os empresários precisam conhecer bem seus clientes fazendo uma análise em entidades de proteção ao crédito e até mesmo na internet. Também é preciso solicitar referências comerciais, bancárias e pessoais, além de identificar na hora da concessão de crédito o grau de comprometimento da renda do consumidor e o padrão de comportamento de seus pagamentos anteriores.
Para o controle interno, uma forma mais dinâmica e eficiente de conseguir lidar melhor com as informações e ter um real entendimento da situação da empresa perante seus clientes é manter um sistema de software que acompanhe a gestão de rotinas importantes em uma empresa, como controle dos pagamentos de clientes, da venda de produtos, na compra de insumos, e também dos setores fiscais e contábeis.
A plataforma ainda garante o correto funcionamento e organização da empresa, principalmente no setor administrativo.
*Diretor comercial da Mastermaq Software