Mauro Condé*
“Ontem eu era inteligente, então queria mudar o mundo. Hoje sou sábio, então estou mudando a mim mesmo.” - Rumi
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre novas tendências mundiais.
Eles me levaram para a Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, onde fui recebido pelo professor Jeremy Rifkin, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
-Tenha cérebro de lebre e pensamento de tartaruga.
Rifkin é autor do livro “A Terceira Revolução Industrial”.
Viajando pelas suas páginas, descobrimos que estamos entrando naquela que será, provavelmente, a maior era de mudanças já vivida em toda a história, chamada de A Terceira Revolução Industrial.
Uma sociedade dominada pela geração dos millenials (jovens nascidos nesse milênio) e caracterizada por mudanças sucessivas numa velocidade onde uma coisa nova se transformará em obsoleta ao entrar em funcionamento.
Pressionados por questões climáticas e ambientais, veremos a substituição das atuais fontes de energia baseadas em carvão e petróleo pelas chamadas fontes alternativas, como a energia eólica e solar, proporcionando que cada morador possa se transformar em produtor, consumidor e vendedor da energia gerada em sua própria casa.
Tudo isso impulsionado por questões tecnológicas, dominadas pela robótica, inteligência artificial, 5G e várias tecnologias que interligarão carros autônomos, veículos compartilhados trafegando por hubs subterrâneos na velocidade da luz, situados dentro de cidades cada vez mais modernas e futuristas, com tudo interconectado por sensores inteligentes, caracterizando o mundo da internet das coisas.
Entraremos na era de uma nova internet, dotada de uma velocidade supersônica, que conectará de tudo um pouco, como novas comunicações, uma nova logística e uma economia totalmente inédita.
Cerca de 80% dos empregos que existem hoje deixarão de existir em pouquíssimos anos, deslocando quase toda a mão de obra atual para trabalho na construção da infraestrutura tecnológica que surgirá em decorrência dessas mudanças.
Por fora mudaremos para um mundo radicalmente novo, onde só poderemos viver se por dentro nos transformarmos em seres que busquem cada vez mais o nosso “eu interior”.
Para isso, só adquirindo um cérebro de lebre para um pensar e um agir mais rápido e um pensamento de tartaruga para um refletir mais profundo.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.