A essência de toda decisão é a incerteza. Se você tivesse sempre certeza na hora de decidir, não precisaria nunca tomar decisões. Para aumentar seu sucesso em decisões importantes tenha um processo estruturado e organizado em mãos.
Antes de mais nada, reveja o quão bem você lida com as perdas e o seu medo de perder algo, aprendendo que perder faz parte do jogo de decidir tanto quanto ganhar. Em seguida pese como você vai lidar com a sua intuição, aquele friozinho na barriga que bate na hora de decidir, aquela sua sensação de que precisa ir para um lado e não para o outro sem saber bem o porque e o como ainda, mesmo sem ter um mapa detalhado nas mãos.
Sempre que o sino da intuição bater na sua cabeça na hora de decidir, leve em consideração o histórico de sucesso da mesma. Em decisões simples, seja rápido, siga sempre a sua intuição e vá em frente, principalmente quando o histórico de suas decisões baseadas na sua intuição apontarem mais sucesso do que fracasso.
Em decisões mais complexas, que envolvam um grande volume de recursos, principalmente tempo, gente e dinheiro e que tenham a possibilidade de conseqüências muito graves, não avance de forma irracional e irresponsável.
Procure iluminar o caminho da sua decisão com a lanterna da sabedoria e da experiência, adicionando ao seu processo de decisão a coleta e análise lógica e concreta dos dados, fatos e evidências importantes disponíveis. Ao mesmo tempo procure ouvir pessoas que pensam igual e concordam com você e principalmente ouça pessoas que pensam diferente e discordam fortemente da sua intuição. Coloque todas as opiniões em perspectiva e processe-as até formar a sua própria opinião a respeito.
E, por fim, pegue todas as alternativas que estão em jogo e faça um exercício de análise inteligente, classificando-as em duas sub-categorias – os prós e as vantagens x os contras e as desvantagens que cada alternativa oferece caso sejam as escolhidas.
Refine um pouco mais a sua análise classificando cada quesito ligado aos prós e vantagens ou aos contras e desvantagens em O de Obrigatório ou D de Desejável. Dê mais peso para os quesitos obrigatórios, usando os desejáveis para situações de desempate.
E não se esqueça – procure sempre tomar uma decisão que valha a pena, depois de passada a emoção. Processe todas as dicas acima para, ao final, resolver o jogo da decisão com uma simples palavra: Sim ou Não e pronto.
(*) Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco