Um Gigante abraço na Pampulha

19/07/2016 às 19:50.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:22

Samuel Lloyd*

O pioneirismo e a ousadia são marcas da Pampulha desde a década de 1930, quando foi criada na região uma barragem para represar a água, com objetivo de abastecer a cidade. Alguns anos se passaram e Juscelino Kubitschek, o prefeito furacão, percebeu na região um enorme potencial de entretenimento.

A cidade, então pensada em três áreas – urbana, dentro da avenida do Contorno; suburbana, nas imediações da mesma avenida; e rural, que serviria para abastecimento das outras duas, vivia um crescimento populacional. Fez-se necessário expandir as áreas até então urbanizadas. Neste contexto, entra para marcar sua genialidade na paisagem da cidade um jovem Niemeyer, convidado a pensar o entorno da lagoa, como forma de ocupar e repaginar aquele então distante espaço.

Anos depois, outro jovem genial, Gil César Moreira de Abreu, assumiu o desafio de construir um estádio de futebol na região, à altura dos seus magníficos futuros vizinhos e do futebol no Estado. Mantendo a ousadia característica da região e com objetivo de ampliar o conceito de entretenimento e ocupação, é erguido o Mineirão, o Gigante da Pampulha, com soluções inovadoras de engenharia que mudam para sempre a paisagem, com um colosso e seus 88 pórticos em concreto armado sendo visto de diversos pontos da jovem capital que ainda não completara 70 anos. O moderno Conjunto Arquitetônico idealizado por Niemeyer e o gigantismo do estádio erguido por Gil César se fundem no cenário, compondo de forma definitiva o novo local de entretenimento da cidade.

Dados atuais apresentados pelos órgãos competentes da Prefeitura de Belo Horizonte apontam que 60% dos turistas da capital mineira procuram conhecer a múltipla Pampulha e a pluralidade de suas atrações. Na região é possível conhecer o xodó dos belo-horizontinos, a Igreja de São Francisco, o paisagismo de Burle Marx no Museu de Arte, vários museus temáticos, a Casa do Baile, pensada como restaurante e uma forma de popularizar a região, assim como foi pensado o Mineirão, que há mais de cinquenta anos leva o povo e a festa do mais importante esporte do país para uma região pioneira, não só no que diz respeito ao conjunto arquitetônico, mas na arborização e, principalmente, entretenimento.

Assim como os demais atrativos da Pampulha, o Mineirão e o Museu Brasileiro do Futebol, atrativo cultural sediado no estádio há pouco mais de três anos, estão preparados para receber turistas de todo o mundo com uma equipe capacitada e que mantém constante interlo-cução com os demais espaços da região, como forma de oferecer aos visitantes uma experiência única e enriquecedora. Tão rica quanto a própria Pampulha!

Detentora de um título que a eleva ao patamar de grandes atrativos mundiais, como as pirâmides de Gizé, o Taj Mahal ou Palácio de Versalhes, a Pampulha hoje é do mundo! É, acima de tudo, de todo mundo! Viva a Pampulha!

(*) *Diretor Comercial do Mineirão

 

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