Mauro Condé*
“Colha o dia de hoje, porque ele é o único que importa”
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre Literatura Portuguesa.
Eles me levaram para Portugal no ano de 1935, onde fui recebido por Fernando Pessoa, o mais universal dos escritores da nossa língua, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
Parecendo sair de dentro das páginas do livro, Pessoa me pegou pelo braço.
E me levou até o Cabo da Roca, um lugar mágico situado na Freguesia de Colares, Concelho de Sintra e Distrito de Lisboa, para me ensinar grandes lições de vida, a partir daquele que é considerado o ponto mais ocidental da Europa:
Debaixo do histórico farol do lugar, Pessoa apontou para a imensidão do mar azul e me disse:
Aqui é o local que Camões citou nos Lusíadas como “onde a terra se acaba e o mar começa”.
Até o final do século XIV pensava-se ser o fim do mundo conhecido.
Aí vieram os bravos descobridores e se lançaram ao mar, munidos de bússolas, sextantes e de suas bravas caravelas.
Assim é até hoje, quando as pessoas aqui chegam, na ponta do Cabo da Roca, são instigadas a tomar uma séria decisão – desistir e parar ou seguir adiante.
Inspire-se nas lições dos descobridores e torne-se um bravo navegante.
Desafie seus limites, vá em busca do desconhecido.
Todo mundo carece de um objetivo, de uma missão na vida.
Se ainda não souber o seu, trate de inventar um que te faça sentido.
Pegue o barco da sua vida e procure navegar por mares nunca dantes navegados.
Foi exatamente naquele ponto, debaixo do farol do Cabo da Roca que Fernando Pessoa imortalizou um antigo provérbio latino “Navegar é preciso, viver não é preciso”.
O mundo não acaba onde te fizeram acreditar que acaba.
Procure se desenvolver, romper todos os seus limites.
Busque criar mais sentido e significado para a sua vida.
Aprenda a dominar e ordenar o aleatório, o despadronizado e o incerto.
Habitue-se tolerar as incertezas e as ambiguidades da vida.
Vá atrás da resposta para a pergunta sobre o porquê você existe.
Comprometa-se em viver a melhor vida possível.
Acredite que você pode ir mais longe do que pensa.
Siga o sol e vá para onde ele te levar, pois como afirma o gran poeta:
“Caminhante, não há caminho! O caminho se faz ao caminhar”
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.