Um 2017 em que as teorias estão sendo goleadas

24/08/2017 às 20:22.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:15

A temporada de 2017 tem tudo para derrubar todas as teorias relacionadas ao modo correto de fazer futebol. Não há o que questionar em relação às classificações de Cruzeiro e Flamengo para a decisão da Copa do Brasil.

O time de Mano Menezes passou pela equipe que apresenta o melhor futebol do Brasil no ano, o Grêmio, de Renato Gaúcho. O Flamengo foi superior ao Botafogo no clássico carioca das semifinais, principalmente no confronto de volta, na última quarta-feira, no Maracanã.

Mas os dois clubes são finalistas numa temporada recheada de fatos que são apontados como motivos de fracassos, e que até agora não vem interferindo tanto assim no desempenho dentro de campo, pois além de estarem na decisão da Copa do Brasil, Flamengo e Cruzeiro integram o G-6 do Campeonato Brasileiro, ocupando a quinta e sexta posições, respectivamente.

O Cruzeiro passa por um racha político que há tempos não se via no clube, dividido diante de um processo eleitoral que será decidido em 2 de outubro. Essa situação afetou diretamente o departamento de futebol do clube, pois primeiro o diretor da área, Thiago Scuro, e depois integrantes do departamento médico, deixaram suas atividades em desligamentos diretamente relacionados ao pleito que escolherá o substituto de Gilvan de Pinho Tavares.

Além disso, a crise financeira pela qual passa o clube provoca atrasos pontuais de salários, o que jamais impediu que os comandados de Mano Menezes se entregassem muito em campo, como na última quarta-feira, diante do Grêmio.

O Flamengo viveu uma crise pelo baixo rendimento de um time milionário às vésperas das semifinais contra o Botafogo. E o treinador Zé Ricardo foi trocado pelo colombiano Reinaldo Rueda, que chegou ao Rio de Janeiro pouco antes do jogo de ida diante do rival.

Os exemplos do que não deve ser feito, mas deu certo, não ficam apenas nos dois finalistas da Copa do Brasil. O Corinthians, líder isolado do Brasileirão com 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, tem como treinador Fábio Carille, que no ano passado foi efetivado, mas depois tirado da função, após Tite ir treinar a Seleção Brasileira.

Ele começou a temporada sob protestos da torcida, que não via nele capacidade de comandar o Timão. Foi campeão paulista, tem o Brasileirão encaminhado e ainda pode ganhar a Sul-Americana. Realmente, em 2017, as teorias sobre a gestão do futebol estão perdendo de goleada.

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