O grupo político do senador Aécio Neves (PSDB) inicia, nesta semana, uma ofensiva para tentar recuperar o poder político no Estado. A ideia é centrar esforço no interior. O senador viajará, até o meio do ano, por várias regiões. Pediu aos deputados federais e estaduais que visitem mais as bases eleitorais.
O objetivo de Aécio é fechar alianças regionais com legendas que já integraram a base dele, quando foi governador, e que hoje apoiam o adversário, antes aliado, Fernando Pimentel (PT). PV, PR, PDT, dentre outras siglas, estão na mira dos tucanos. Esses partidos são governo há mais de 10 anos. Aécio os perdeu em Minas quando o PSDB e o PP deixaram o Palácio da Liberdade.
Diferentemente do PSDB paulista, o mineiro trabalhou com alianças em torno das legendas que orbitaram em torno das gestões tucanas. Por isso, viu-se isolado quando deixou o poder. Em São Paulo, as lideranças fortaleceram a sigla filiando nomes de peso.
Voltando aos horizontes e montanhas mineiras, as conversas pelo interior serão sobre dobradinhas nas eleições proporcionais (para deputados estaduais e federais) em 2018 e apoio às prefeituras, caso Aécio consiga consolidar-se candidato à Presidência da República.
O PSDB mineiro trabalha hoje com o nome do ex-deputado Dinis Pinheiro para a vaga de candidato ao governo estadual, situação que se desenha com a negativa do senador Antonio Anastasia em ocupar o espaço.
Mas os tucanos terão trabalho na investida pelos rincões. O PT também dará início, a partir de fevereiro, a estratégia parecida pelo interior.
Pelo cenário, no momento, seriam três os candidatos ao governo mineiro: além de Dinis Pinheiro, Fernando Pimentel (tentará a reeleição) e Marcio Lacerda (PSB), ex-prefeito de Belo Horizonte. No entanto, como disse Magalhães Pinto, “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
Troca em Contagem
Quando anunciou o secretariado, o prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), colocou na secretaria de Governo o jornalista Guilherme Ítalo e na de Comunicação o filho do candidato derrotado ao Governo de Minas, Pimenta da Veiga (PSDB), Pedro Pimenta da Veiga Filho.
Mas, o segundo não foi nomeado. Assumiu a secretaria de Comunicação Guilherme Ítalo. A de Governo ficou com Marius Fernando Cunha de Carvalho. Houve resistência ao filho de Pimenta da Veiga.
Porém, ele ganhou um posto na Assembleia Legislativa. Foi nomeado no gabinete do bloco de oposição Verdade e Coerência.
De Lacerda para Alex
A ex-coordenadora do programa BH Metas e Resultados, Beatriz Góes, foi nomeada pelo prefeito Alex de Freitas (PSDB) secretária adjunta de Governo. Beatriz foi auxiliar de Lacerda na Prefeitura de Belo Horizonte e deixou o posto quando Alexandre Kalil (PHS) assumiu.