Adulteração de carne em Minas aguarda julgamento há um ano

17/03/2017 às 20:19.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:47

O esquema de adulteração de carnes em Minas Gerais foi desvendado pela Polícia Federal em 2013 e até hoje não foi julgado. O processo está nas mãos do magistrado federal de Juiz de Fora esperando uma decisão desde maio do ano passado. 

Todas as fases processuais foram concluídas. Houve o indiciamento pela Polícia Federal, o Ministério Público apresentou a denúncia. A defesa dos réus foi protocolada em janeiro de 2016. Agora, resta mesmo uma decisão judicial. 

O esquema é parecido com o desvendado pelos federais na operação Carne Fraca. De acordo com as investigações, os réus injetavam água em carnes para aumentar o peso. Com o peso aumentado em até 50%, o lucro era majorado. 

As investigações tiveram início em 2012, após denúncia do esquema nos produtos alimentares utilizados no Exército em Juiz de Fora. Por isso, o processo corre na Zona da Mata Mineira. 

O irmão do senador Zézé Perrella chegou a ser indiciado pela Polícia Federal, mas não foi denunciado. Donos de frigoríficos figuram na denúncia. 

Carne Fraca
O que mais chama a atenção no caso da operação Carne Fraca é que o caso já era de conhecimento do Ministério da Agricultura desde 2012. Em setembro de 2012, o deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) enviou u[/TXT_COL]ma denúncia e um pedido de esclarecimento ao então ministro Mendes Ribeiro (PMDB-RS), apontando que Gonçalves Filho estaria promovendo a ingerência para liberação de produtos apreendidos, dava ordens para deixar de fiscalizar empresas no Paraná, protegia grupos infratores e havia montado um protocolo clandestino no Porto de Paranaguá. Além disso, perseguia, afastava e exonerava fiscais que não cumpriam suas ordens, conforme relatos do deputado.

Depois de idas e vindas, o deputado conseguiu que o Ministério abrisse, em 22 de outubro de 2012, um processo administrativo disciplinar para apurar a série de denúncias contra o superintendente e outros servidores do órgão no Paraná. 

“Fizemos o alerta sobre a atuação dessa quadrilha em 2012, três anos antes da PF iniciar a sua investigação. E pelo que estamos vendo, o ministério pouco ou nada fez em cinco anos para apurar o caso que hoje escandaliza todo o país. Na época não imaginávamos que a dimensão fosse tão grande. Com as revelações de hoje é possível supor porque a investigação interna não andou”, afirmou.

Lacerda

Presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, o ex-gestor da capital mineira Marcio Lacerda (PSB) reuniu-se ontem com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para acertar a participação dele no 4º Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável. 

Lacerda percorre municípios país afora convidando prefeitos. Hoje estará em Muriaé.

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