Agostinho Patrus é nome mais forte para presidir Assembleia em governo Zema

29/10/2018 às 21:15.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:30

Tão logo o governador eleito Romeu Zema (Novo) sagrou-se vitorioso, os deputados estaduais intensificaram as articulações para a escolha do próximo presidente da Casa. A eleição para substituir Adalclever Lopes (MDB) ocorre no início da próxima Legislatura. 

O nome que ganhou maior força na última semana na Casa é o do deputado Agostinho Patrus Filho (PV). Mesmo antes da eleição de Zema, na Assembleia, a discussão já ocorria. Com a vitória, Agostinho teve mais destaque.

O parlamentar esteve com Zema na noite do último domingo, após a oficialização do resultado. Aliás, apenas dois deputados eleitos estavam no local: Agostinho e Mário Henrique Caixa. O novo governador foi eleito com o mesmo discurso que levou Alexandre Kalil à Prefeitura de Belo Horizonte, em 2016, contra o status político atual. 

Experiente (foi reeleito para o quarto mandato), Patrus é tido, por colegas, como um parlamentar que pode ajudar Zema a lidar com uma Assembleia pluripartidária, cujo Novo dispõe somente de três deputados. 

O postulante a chefe do Legislativo mineiro postou, nas redes sociais, mensagem para o novo governador. “Parabéns ao parceiro Romeu Zema e a todos nossos apoiadores por acreditarem em uma nova oportunidade de desenvolvimento para Minas Gerais. Vamos, juntos, trabalhar por um estado com mais progresso para todos!”, anotou. 

O Partido Verde de Agostinho foi o primeiro a declarar apoio ao candidato do Novo quando terminou o primeiro turno das eleições para o governo de Minas. 
Além de Patrus Filho, ao menos dois outros nomes estão colocados na mesa para disputar o cargo hoje ocupado por Adalclever Lopes (MDB): Sargento Rodrigues e Arlen Santiago, ambos do PTB.

Rodrigues tenta consolidar um bloco de oposição na Assembleia, que contaria com a presença do PSDB de Antonio Anastasia. Mas terá que aprovar a posição, primeiro, dentro do partido dele. 

Já Santiago propõe-se a uma candidatura de centro.
 
O Partido dos Trabalhadores (PT) deve apresentar um nome também. Mesmo sendo oposição, a esquerda lançará candidatura para tentar fazer parte da composição da Mesa. O PT tem a maior bancada na Assembleia. 

Benefício da dúvida

Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República, conforme previa e queria o mercado, agora, esse mesmo mercado dará a ele o benefício da dúvida. Como ainda não explicitou os projetos para tirar o país do atoleiro, especialmente a reforma da Previdência, analistas dizem que darão um prazo ao presidente. 

“O mercado deve dar o benefício da dúvida para Bolsonaro, antevendo um governo reformista e liberal, o que poderia levar a bolsa a 90-100 mil pontos até o final do ano (10-20% de alta dos níveis atuais), a curva de juros a precificar a Selic em 7,5-8,5% em 2020, 10% 2030 (0,5-1% abaixo do atual) e em relação ao dólar, ele pode cair no curto prazo para o nível de 3,50-3,70, mas vemos os 3,70-4,00 como mais adequado dado o cenário de risco externo. Para que este movimento seja sustentável, a evolução das reformas é crucial”, diz relatório pós-eleições elaborado pela XP Investimentos, uma das maiores corretoras do país. 

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