Alckmin se coloca como 3ª via: ‘voto de lucidez’. Marina quer eleitor de Haddad

12/09/2018 às 19:44.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:25

Na briga frenética pelo espaço no segundo turno das eleições presidenciais, Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) passaram por Minas Gerais ontem, segundo maior colégio eleitoral, e revelaram parte da estratégia eleitoral.

A campanha de Alckmin quer mostrá-lo como uma terceira via, uma alternativa aos radicais. Engraçado que, nestas eleições, a polarização não se dá entre PT e PSDB. Mas entre a ultradireita, o PSL de Jair Bolsonaro, e os candidatos tidos de esquerda.

Daí a campanha de Alckmin entende que pode explorar essa brecha. “Imagine um segundo turno entre Haddad ou Ciro e Bolsonaro? É tudo radical”, contou um aliado. 

A estratégia é apelar ao “voto de lucidez”. “As pessoas começam a escolher o candidato na reta final. Elas refletirão. Aí Bolsonaro tende a cair. Queremos que o eleitor enxergue que Alckmin é a alternativa aos radicais”, completou.

Em entrevista à imprensa, o candidato referendou a estratégia de bastidor. Disse que o voto em Bolsonaro é o voto no PT. E ligou Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT) aos petistas. 
A estratégia é a esperança para que Alckmin decole. Ela ataca um espectro do eleitorado que é anti-petista, mas rejeita Bolsonaro. A pergunta que fica é: terá tempo hábil para reverter e neutralizar Ciro e Marina, mais bem colocados que o tucano?

Colado
Em Minas, Alckmin espera “pegar carona” na curva ascendente por que passa o candidato ao governo estadual, Antonio Anastasia (PSDB). O mineiro colocou o presidenciável em vários dos materiais de campanha dele. 

Marina
Já Marina Silva (Rede) elegeu Haddad como adversário para chegar ao segundo turno.
Tão logo o PT realizou a troca (saiu Lula, entrou o ex-prefeito de São Paulo), o staff de campanha dela entendeu que Marina só chegará ao segundo turno se herdar os eleitores de Lula. Por isso, deu início a uma série de críticas a Haddad. Como participou da gestão de Lula (como ministra do Meio Ambiente), apontou as alfinetadas ao governo de Dilma Rousseff (PT). 

Ciro
Ciro Gomes, por sua vez, quer cair nas graças do mercado para chegar à segunda rodada. Começou a semana fazendo acenos a empresários, já que os adversários tentam classificá-lo como esquerdista e radical. 

Segunda colocação
A disputa pela segunda vaga ao Senado em Minas também está acirradíssima. No páreo estão Carlos Viana (PHS), Rodrigo Pacheco (DEM) e Dinis Pinheiro (Solidariedade). 
Viana segue líder. Mas Pacheco aproxima-se. Ele espera ultrapassar o jornalista ancorado na campanha de Anastasia ao governo de Minas, que apresenta curva de crescimento. 



 

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