O que se vê na corrida pelo Palácio da Liberdade são candidatos percorrendo cidades pelo interior, promovendo eventos de apoio e diversos encontros com lideranças. A exceção é o senador Antonio Anastasia (PSDB). Aliados dizem que ele só irá intensificar a pré-campanha quando se consolidar de fato a pré-candidatura. Ou seja, quer, primeiro, fechar aliança com os partidos e fazer cumprir, no PSDB, alguns pré-requisitos que impôs para aceitar a empreitada.
Anastasia tem mantido diálogos com lideranças partidárias para costurar a chapa. Ele não usa de interlocutores fazendo questão de conversar pessoalmente com os aliados. A intenção é unir toda a oposição em uma grande aliança.
Em meados de maio, se o plano sair como o desenhado pelos tucanos, é que o senador deve realizar um grande evento com aqueles que declararam apoio a ele. Aí, começará a caminhar por Minas. Enquanto isso, além das ligações e encontros em Brasília ou Belo Horizonte, mantém intensa agenda de compromissos no Senado. Hoje mesmo viaja para o Japão, em missão oficial. Ontem, presidiu a Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Tirou um tempinho apenas para comparecer ao rápido encontro com o PSD, em que a legenda declarou apoio a ele. Foi o primeiro partido a oficializar a aliança com Anastasia. O PSD de Kassab era sondado pelo deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM) e pelo ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB). Esse último mantém um ritmo acelerado de viagens pelo interior do Estado, apresentando-se como terceira via.
Vereadores do PT mudam nome
Os vereadores da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de BH protocolaram, ontem, pedido para a inclusão de Lula em seus nomes parlamentares. Pedro Lula Patrus e Arnaldo Lula Patrus fizeram essa inclusão em ato de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva e se juntam a parlamentares de esquerda de todo o país que são contra a prisão do ex-presidente.
Os vereadores que incluíram Lula no nome são: Pedro Lula Patrus e Arnaldo Lula Patrus.
Cade veta CSN na Assembleia da Usiminas
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) indeferiu pedido da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para participar da Assembleia Geral Ordinária (AGO) das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), que será realizada no dia 25 deste mês e elegerá membros dos Conselhos de Administração e Fiscal para o próximo biênio.
A CSN é uma das acionistas minoritárias da Usiminas. Por meio de sucessivas aquisições em bolsa de valores, tornou-se detentora individual de 17,43% das ações totais. A compra das ações da Usiminas foi autorizada pelo Cade em 2014, condicionada à assinatura de Termo de Compromisso de Desempenho (TCD). Por meio do acordo, a CSN se comprometeu a desinvestir um lote de ações da Usiminas. Até que seja cumprida essa obrigação os direitos políticos derivados das ações detidas pela CSN na Usiminas estão suspensos. A CSN, no entanto, solicitou ao Cade a flexibilização desse dispositivo do TCD e requereu autorização para participar da AGO da Usiminas para indicar nomes aos conselhos da empresa, o que foi negado.