O PSDB aguarda ansiosamente pela resposta do senador Antonio Anastasia sobre a possibilidade de candidatar-se ao Palácio da Liberdade, mas a resposta não virá no prazo ventilado. Tucanos acreditavam que ele daria o veredicto na próxima segunda-feira. Porém, o senador irá viajar para o exterior. Retorna na primeira semana de abril, quando deve informar aos correligionários se aceitará ou não a empreitada.
“Pela primeira vez, estou animado com a possibilidade dele aceitar”, confidenciou o deputado estadual João Vitor Xavier.
A pressão sobre Anastasia aumenta a cada dia. As bancadas estadual e federal passaram a creditar a ele o sucesso ou infortúnio das chapas proporcionais. Para eleger mais deputados, um partido tem que ter um bom candidato ao governo, que puxe votos e garanta aqueles de legenda.
Como nenhum pré-candidato ao Palácio da Liberdade aceita formar chapa com o PSDB, tendo Aécio Neves na candidatura ao Senado, a situação dos parlamentares que tentarão a reeleição ficou delicada. Daí vem a insistência no lançamento de Anastasia ao Executivo.
O senador não quer de jeito nenhum candidatar-se ao governo. A amigos, chegou a dizer que sentia saudades mesmo era do tempo em que foi professor universitário. Mas, os deputados insistem na tábua de salvação. O presidente estadual do PSDB, Domingos Sávio, tem dito, que, em política, a escolha pode não ser pessoal, individual, porém, pensando no grupo.
Quem parece não ter pensado no grupo foi o senador Aécio. Uma alternativa, ventilada nos bastidores, é a candidatura a deputado federal dele. No entanto, Aécio não abre mão de disputar a reeleição. Caso concorra a uma vaga na Câmara, seria mais fácil a aceitação da chapa proporcional tucana por um dos pré-candidatos a governador. Aécio seria só mais um na chapa que reúne dezenas de candidatos a deputado.
Enquanto isso, aliados esperam que Anastasia reflita, no exterior, e aceite a tarefa de salvar o tucanato em Minas.
Novo apelo
Antes de embarcar, o senador ouve hoje apelo de prefeitos em Ouro Fino. Anastasia participou de inaugurações por lá, ontem, pernitou na casa do deputado Dalmo Ribeiro e toma café da manhã com prefeitos.
Governo vai judicializar greve
O governo de Minas decidiu entrar na Justiça do Trabalho contra a greve de professores. O argumento é o de que a greve é política. O Estado sustentará que apresentou ao Sind-Ute possibilidade de pagamento do piso nacional em cinco parcelas e cumprimento do compromisso de pagar o piso de 2016 e 2017 até o fim do ano. Mas os sindicalistas queriam que fosse apresentada emenda à Constituição atrelando o reajuste nacional ao estadual. O Executivo alegou que não o poderia fazer para não estourar limite de gastos imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, o caso vai ser decidido pela Justiça.
Usiminas antecipa pagamento de dívida
A Usiminas efetuou ontem o pagamento antecipado de mais uma parte da dívida dela. Em função dos bons resultados alcançados em 2017, a empresa amortizou o valor de R$ 378,8 milhões do débito junto aos bancos brasileiros, japoneses e debenturistas, conforme acertado em negociação realizada em setembro de 2016.
Na ocasião, a Usiminas havia se comprometido a iniciar a amortização da dívida em setembro de 2019, mas começou o processo em dezembro do ano passado, antecipando em quase dois anos o início da quitação. Após os pagamentos realizados ontem, em janeiro de 2018 e em dezembro de 2017, a dívida da empresa caiu de R$ 6,7 bilhões para cerca de R$ 5,7 bilhões. <EM>