Ciro, Marina, Alckmin e Haddad disputam voto a voto vaga no segundo turno

10/09/2018 às 20:11.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:23

Pesquisa BTG/FSB de ontem mostrou o que já era esperado, o crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) após o ataque sofrido em Juiz de Fora, mas também trouxe um novo fator à corrida presidenciável. A consolidação do próprio Bolsonaro no segundo turno e uma disputa que será voto a voto para ir ao segundo round com o candidato do PSL.

Para aqueles que acreditavam que seria possível liquidar a fatura já na primeira rodada, os números mostram que isso é pouco provável. 

Bolsonaro tem 30% das intenções de voto, mas a pulverização de candidatos que têm entre 8% e 10% é grande. Além disso, mesmo com aliados vitimizando o deputado federal, ele ainda continua com rejeição alta: 51% dos eleitores disseram que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro. 

O interessante agora é a corrida para saber quem vai com ele ao segundo turno. Ciro Gomes (PDT) tem 12% das intenções de voto. Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) estão empatados com 8% das intenções de voto cada um. 

O BTG realizou três pesquisas: uma em 25 e 26 de agosto, outra em 2 e 3 de setembro e a derradeira em 8 e 9 de setembro. Essa última foi a campo após o ataque a Bolsonaro – esfaqueado em Juiz de Fora (MG) na última quinta-feira. É interessante perceber a curva de cada candidato. Bolsonaro saiu dos 24% que tinha em agosto para 26% e agora 30%. Ou seja, está em curva ascendente. Mas deve atingir o limite, tendo em vista a rejeição. 
Já Ciro Gomes saiu de 8% para 12% e manteve o mesmo percentual. É importante para ele o resultado da próxima pesquisa, que mostrará se ficará estacionado, correndo o risco de perder a vaga no segundo turno, ou se crescerá. 

Geraldo Alckmin é aquele que está em situação mais difícil. Tem o maior tempo de televisão, porém não consegue decolar. Caiu de 9% para 8% e ficou por aí. Mesma situação passa Marina Silva. Está em uma curvas descendente: 15% em agosto, 11% e 8%. Se não melhorar a campanha, Marina pode estar fora da segunda rodada.

Já Fernando Haddad mostrou que ainda não herdou os votos do padrinho político, o ex-presidente Lula (PT). No entanto, está em crescimento. Estava com 5% em agosto, 6% no início de setembro, e, agora, 8%. Resta saber se terá fôlego, em tão curto tempo, para passar Ciro. E o PT quer postergar a definição de Haddad no lugar de Lula. A estratégia mostra que o tempo pode valer ouro para Haddad. Tempo esse que fica cada vez mais escasso. 
Resumo da ópera: a segunda vaga na eleição presidencial vai ser definida nos últimos três dias. Quem errar menos até lá deverá enfrentar Jair Bolsonaro, que consolidou-se após o atentado que sofreu. 

Em tempo: a pesquisa BTG está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-01522/2018. Foram entrevistados 2 mil eleitores, por telefone, entre os dias 8 e 9 em todas as unidades federativas do país. 

Novo recruta voluntários


O partido Novo abriu campanha para recrutar voluntários para trabalhar nas eleições. Conforme e-mail enviado pelo partido, são pedidas colaborações para ajudar nas campanhas de deputados. 
“Pedimos seu apoio para ajudar em eventos como caminhadas, carreatas, adesivaços, palestras, além de divulgar as redes sociais dos nossos postulantes”, diz. 
 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por