A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estuda a possibilidade de instalar uma unidade de siderurgia em Congonhas, na região Central de Minas.
A empresa já firmou um Protocolo de Intenções com o governo mineiro, em 2007, quando o governador era Aécio Neves (PSDB). O projeto ficou engavetado por motivações diversas. Mas, conforme fontes de mercado, recentemente o governo estadual decidiu tirá-lo da gaveta. A CSN manifestou, então, interesse na retomada da proposta, que deve sofrer alterações, já que as condições econômicas e de demanda modificaram-se ao longo dos anos.
A instalação de uma unidade de siderurgia em Minas é uma alternativa da CSN à planta de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Com as dificuldades financeiras do Estado vizinho e o imbróglio policial que tornou-se a gestão fluminense, expandir a produção no Rio pode ser tarefa de difícil concretização. Mas em Minas é um alternativa interessante para a empresa. Lembrando que ela continuará operando em Volta Redonda.
Para se ter uma ideia, na semana passada a CSN conseguiu licença para operar a planta siderúrgica de Volta Redonda por mais 180 dias. A decisão foi da Comissão Estadual de Controle Ambiental. Antes disso, os órgãos ambientais do Rio de Janeiro, incluindo a Comissão, haviam determinado a paralisação das atividades. A CSN estava em processo de negociação com o governo de um Termo de Ajustamento de Conduta, cujas condicionantes estavam quase todas cumpridas. É a insegurança que ronda o Rio.
Por isso, Minas pode ser uma alternativa. Por aqui, a CSN é responsável pela mina Casa de Pedra, também em Congonhas. Explora minério de ferro que justamente é enviado, boa parte, por ferrovia, para a siderúrgica de Volta Redonda. Há cerca de dois meses, a barragem de Congonhas foi alvo de críticas por integrante do Corpo de Bombeiros, mas a empresa, à época, garantiu que não existem riscos.
Quando Benjamim Streinbruch assinou com Aécio o Protocolo de Intenções, o objetivo da CSN era investir R$ 6,2 bilhões para implantar a planta, o que incluiriam as obras, aquisição de máquinas e equipamentos. Seriam gerados algo em torno de 5 mil empregos diretos e indiretos. A usina teria capacidade instalada de produção de 4,5 milhões de toneladas anuais sendo que, no primeiro ano de operação, o faturamento seria de R$ 2 bilhões. Obviamente os números são de 2007, quando da negociação, e devem sofrer alterações.
Samarco
A mineradora Samarco conseguiu ontem dar o pontapé para a retomada das atividades. A Câmara de Atividades Minerárias, que compõe o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) da Secretaria de Meio Ambiente, liberou o retorno.
Agora, faltam mais duas licenças à mineradora, pivô de um dos maiores desastres ambientais do mundo, com o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, há pouco mais de dois anos.
TRE
Saiu a lista tríplice para o cargo de juiz eleitoral substituto do TRE-MG: Tiago Gomes de Carvalho Pinto, Gustavo Costa Nassif e Rosan de Souza Amaral. Agora, o presidente Michel Temer irá escolher um dos três.