As eleições para governador de Minas Gerais acontecem em pouco mais de um ano, mas já movimentam o cenário político. Entre parlamentares mineiros fala-se em ao menos quatro candidatos. São eles: Dinis Pinheiro (PSDB), Marcio Lacerda (PSB), Fernando Pimentel (PT) e Vittorio Medioli (PHS). Os três primeiros já são nomes dados como certos e articulam alianças.
Dinis Pinheiro começou a percorrer o interior depois que o senador Antonio Anastasia (PSDB) disse que não vai mesmo disputar a vaga. Até o início do ano, tucanos insistiam na possibilidade. Porém, Anastasia teria um compromisso com a mãe em não mais disputar o posto, conforme interlocutores.
Com isso, 2017 começou com giros pelo interior para Pinheiro. Marcio Lacerda também se movimenta pelas cidades mineiras. Podem ser vistas nas redes sociais do socialista visitas também em obras e pontos revitalizados pelo ex-prefeito de Belo Horizonte.
Fernando Pimentel (PT) tentará a reeleição tendo como fiador o PMDB. A cizânia da legenda não deve interromper os planos. Pimentel conseguiu o aval da maior parte das lideranças peemedebistas, conforme pôde ser visto no almoço que Newton Cardoso ofereceu a ele no fim de semana. Foi discutida a reeleição e ainda a recondução de Adalclever Lopes, presidente da Assembleia, à presidência do PMDB, um dos partidos com maior capilaridade pelo interior.
A surpresa do pleito pelo Palácio da Liberdade pode ficar por conta do empresário Vittorio Medioli (PHS). Eleito prefeito de Betim, o nome dele já começa a ganhar terreno nos corredores da Assembleia. “O que ouvimos muito forte é a possibilidade de ele sair candidato”, disse um deputado estadual.
Insatisfação
O governador Fernando Pimentel conseguiu reunir mais de 30 deputados federais ontem para mostrar a insatisfação com o projeto do presidente Michel Temer de socorro aos Estados em calamidade financeira. Ele contou com um ingrediente extra: Temer tem deixado à mingua as bases eleitorais dos parlamentares. E justo no ano pré-eleitoral! Minas en[/TXT_COL]tão está sem emendas, sem ministros e sem prestígio.
Insatisfação 2
Hoje, o deputado Fábio Ramalho (PMDB) reunirá a bancada federal mineira em Brasília para decidir como farão o “Levante Minas”. A ideia é pressionar o governo federal a aceitar um encontro de contas com o governo mineiro, envolvendo a Lei Kandir. Ramalho tentará uma agenda com Temer.
Copasa
A Copasa adiou em um mês a divulgação do balanço da Companhia. Os resultados sairão na próxima quinta-feira. Em comunicado aos acionistas, a estatal esclareceu o adiamento. “Em razão de dúvidas suscitadas pela Auditoria Externa (PricewaterhouseCoopers), faz-se necessário rever os procedimentos contábeis para registro dos eventos referentes à Parceria Público-Privada (PPP) do Sistema Rio Manso”, diz trecho do comunicado.