Disputa de lideranças em Minas envolve até evento em Poté

30/10/2017 às 18:08.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:28

O ano é pré-eleitoral, a maior parte dos pré-candidatos tem algum problema com a Justiça ou sofrem o desgaste na imagem, oriunda da crise política por que passa o país. 

É nessa seara que as lideranças políticas em Minas disputam até mesmo eventos em cidades de pequeno porte. No último fim de semana, causou mal-estar um áudio divulgado por prefeitos, e atribuído supostamente a um assessor do deputado Fábinho Ramalho (PMDB), pedindo para que seja esvaziado o encontro da Associação Mineira de Municípios (AMM) em Poté, cidade no Vale do Mucuri, com apenas 16 mil habitantes. 

O motivo: prefeitos aliados da base governista não poderiam prestigiar um evento em que estariam presentes o presidente da AMM, Julvan Lacerda, e o vice-governador Antônio Andrade (PMDB). 

Fabinho é aliado do governador Fernando Pimentel (PT) e Andrade, apesar de vice, é adversário. Julvan é aliado de lideranças do PSDB no estado. “Isso pode soar como uma afronta, um enfrentamento. Ele (Fabinho) fica preocupado. Ele já avisou o Nêgo e pediu para quem puder não ir avaliar isso aí, ver o peso disso tudo”, diz o possível assessor de Fabinho em áudio aos prefeitos. O deputado federal não foi encontrado ontem para comentar a gravação. 

De fato, o encontro da AMM em Poté serviu de mote para reclamações generalizadas quanto à falta de repasses públicos para os municípios. 

Como já havia adiantado por aqui, quem pretende disputar eleições no ano que vem já roda o estado. Nos encontros da AMM pelo interior, que começaram no início do ano, frequentemente são vistos pré-candidatos como Dinis Pinheiro (PP) e Marcio Lacerda (PSB). Já o governador Fernando Pimentel cumpre agenda oficial de inaugurações estado afora. 

Sai Minas, entra São Paulo

A pesquisa Pulso Brasil, da Ipsos, deste mês, mostra que a avaliação positiva dos políticos do PSDB teve uma melhora em comparação a setembro – exceto a do senador Aécio Neves. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi o que apresentou o maior crescimento no índice de aceitação, com uma evolução de nove pontos percentuais (de 13% para 22%). Na sequência, vem Fernando Henrique Cardoso (aumento de oito pontos, de 11% para 19%), José Serra, que cresceu seis pontos (de 11% para os atuais 17%) e João Doria aumentou cinco pontos percentuais (de 16% para 21%). Apesar da melhora, os políticos do PSDB apresentam forte rejeição. Aécio, que no ranking geral é o segundo mais desaprovado, possui taxa desfavorável de 93%, seguido por Serra (75%), FHC (72%), Alckmin (67%) e Doria (56%).

Mais um revés

O presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia, Sandro Lúcio de Souza Coelho, por ordem da Justiça Eleitoral, assumiu interinamente a prefeitura. A Justiça Eleitoral havia comunicado ao vereador, na tarde da última sexta-feira, as duas decisões proferidas pelo TRE mineiro que cassaram, pela quarta vez, os diplomas e determinaram o afastamento da prefeita reeleita Roseli Ferreira Pimentel, e do seu vice, Fernando César Nunes Resende Vieira, por abuso de poder econômico, e captação e gasto ilícito na campanha. Roseli está em casa, cumprindo prisão domiciliar, de tornozeleira eletrônica. Ela é acusada de envolvimento no assassinato de um jornalista em Santa Luzia.

  

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