Pesquisa Datafolha divulgada ontem pela TV Globo mostra que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem melhor desempenho entre eleitores evangélicos e que residem nas regiões Sul e Contro-Oeste. Ao estratificar os dados, é possível perceber o que o senso comum já sabia: o ex-presidente Lula (PT) e Bolsonaro atuam em extremos, com pequenas exceções. Quando se observa a religiosidade dos eleitores, Bolsonaro é o preferido por 24% dos evangélicos. Ele ainda é escolhido por 20% dos ateus ou que não têm religião. Já o ex-presidente Lula leva vantagem entre os católicos. Tem 43% da preferência deles. Em seguida, e no lado oposto, ele também é o preferido dos ateus e dos praticantes da umbanda, com 37% em cada uma dessas religiões. Quando a estratificação é por região, Lula é favoritíssimo no Nordeste, onde tem 59% das intenções de voto. Ele também destaca-se no Norte (45%) e no Sudeste (31%). Já Bolsonaro tem maior parte dos eleitores no Sul (28%) e no Centro-Oeste (26%). Os dados são importantes, pois delineiam as estratégias de campanhas dos candidatos. Mostram onde eles terão que intensificar a atuação. A pesquisa ouviu 8.433 eleitores 213 municípios brasileiros e está registrado no TSE com o número BR-04023/2018. Ela foi realizada entre os dias 20 e 21 de agosto e o nível de confiança é de 95%. Pediu voto na igreja, ficou sem cargoDois deputados mineiros perderam o mandato por pedirem votos em igreja evangélica. O Tribunal Superior Eleitoral aplicou a pena ao deputado federal Franklin (PP) e ao deputado estadual Márcio José Oliveira (PR), conhecido como missionário Márcio Santiago. Eles se reuniram na Igreja Mundial do Poder de Deus, no sábado anterior ao domingo das eleições, em 2014. O líder da igreja, Valdemiro Santiago, fez pedido explícito de votos para ambos. A corte considerou que houve abuso de poder, já que o evento religioso transformou-se em ato político. Segundo a ministra Rosa Weber, também houve abuso de poder econômico quando foram distribuídos 4 mil santinhos no recinto. Inquérito adiadoO ministro Ricardo Lewandowski decidiu adiar a análise de um pedido de desarquivamento de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB). Ele deu prioridade, na pauta, aos casos do ministro Dias Toffoli, pois ele assumirá a Presidência do Supremo Tribunal Federal, deixando a 2ª Turma. O inquérito investigava denúncia de recebimento de propina em troca de contratos em Furnas. Mais umaA Prefeitura de Contagem, por meio de ação ajuizada pela Procuradoria-Geral do Município (PGM), conseguiu junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) o repasse de R$ 38 milhões pelo governo do Estado, destinados ao Fundo Municipal de Saúde. O recurso foi assegurado após bloqueio nas contas do governo estadual em tutela antecipada solicitada pela PGM. Outras prefeituras têm conseguido vitória semelhante junto ao TJMG.