Esquenta disputa pela sucessão na Fiemg

01/12/2017 às 06:00.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:58

O fim de ano trouxe o acirramento na disputa pela presidência da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Em pouco mais de uma semana, mais de cinco eventos foram realizados pela oposição e situação, em busca do apoio dos industriais. Além dos eventos, cresceu a pressão pela abertura das contas do sistema Fiemg. O orçamento anual do sistema gira em torno de R$ 1,2 bilhão.

Ontem, houve calorosa discussão a respeito de uma suplementação orçamentária de R$ 9 milhões, solicitada pela direção.

Em uma demonstração de força, o grupo oposicionista, que pede renovação com o nome do empresário do setor têxtil Flávio Roscoe, conseguiu reunir 88 representantes de sindicatos com direito a voto. Para se ter ideia, são 139 votantes. O discurso do encontro foi uníssono. Todos queriam maior transparência e participação. Grande parte demonstrou contrariedade quanto à possibilidade de suplementação. Posição essa levada em reunião na Fiemg à tarde.

Roscoe chegou a encaminhar ao presidente Olavo Machado acesso a documentos da entidade como projeção da dívida líquida e balancetes mensais. A resposta, a que tive acesso, foi uma negativa. Machado alega que a Lei de Acesso à Informação não abarca o pedido em questão. E suscita a possibilidade de que o colega tenha, no questionamento, intenções eleitoreiras. A resposta causou rebuliço entre os que defendem mais transparência.

Machado defende a candidatura de Alberto Salum, do setor de construção pesada. Em evento realizado com apoiadores, Salum levou cerca de 30 representantes de sindicatos. Ele também conta com o aval de Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que intensificou a busca por aliados neste fim de ano.

As dúvidas pairam ainda sobre a data da eleição, que ainda não foi marcada, mas que, conforme o estatuto terá que ocorrer até 14 de maio, quando encerra o mandato de Machado.

O que se vê hoje na Fiemg é uma disputa como nunca houve e um movimento pela renovação.

Jobim
No rol de eventos organizado por industriais de olho na sucessão da Fiemg, teve até palestra do ex-ministro Nelson Jobim, organizada por aliados de Roscoe.
Em Belo Horizonte, o ex-ministro disse que não participará das eleições do ano que vem. “Tô fora. Estou muito bem na iniciativa privada”, disse.

 

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